São Paulo, domingo, 30 de abril de 2000


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Data marca protestos nos EUA

da Reportagem Local

O dia 1º de maio virou data histórica em 1886, quando uma greve foi deflagrada em Chicago, nos Estados Unidos. Mais de cem anos após a primeira revolta de trabalhadores, as questões em pauta ainda são as mesmas em diversos países: redução da jornada de trabalho e melhoria das condições de trabalho, principalmente em países subdesenvolvidos.
Na primeira paralisação em 1º de maio comandada pelos norte-americanos, no século passado, os trabalhadores da indústria já pediam a jornada de oito horas, bem como a proteção à mulher operária.
Essa fase de mudanças trabalhistas foi marcada por crises sociais que envolveram conflitos violentos, segundo documentos históricos do século passado. Quatro líderes operários, presos porque comandavam a revolta de 1886, foram condenados à forca, e um quinto trabalhador suicidou-se na prisão na época.
A data, portanto, passou a ser vista como dia de luto e de luta trabalhista.
Foi escolhida para homenagear os dirigentes sindicais dos EUA que foram executados. Paradoxalmente, o Dia do Trabalho nos EUA não é comemorado em maio, mas no início de setembro.
Adotado mais de um século após o início da Revolução Industrial, o 1º de Maio sempre foi associado à trajetória do movimento sindical.
No Brasil, em 1886, ainda havia oficialmente o trabalho escravo exercido pelos negros vindos da África e por seus descendentes brasileiros. Não existia, portanto, um proletariado organizado.
No país, a primeira manifestação alusiva ao dia ocorreu em 1895, tendo como principal reivindicação operária a redução da jornada de trabalho para oito horas.
A partir de 1930, com as transformações na estrutura econômica do país, a pressão dos trabalhadores cresceu, principalmente no governo Getúlio Vargas. Ele instituiu o salário mínimo e definiu no país o 1º de Maio como sendo feriado nacional. (MAv)


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