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São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2003

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Campanha pode unir metalúrgicos filiados à CUT e à Força Sindical

DA REPORTAGEM LOCAL

Os metalúrgicos de São José dos Campos, ligados à CUT e ao PSTU, podem se aliar aos de São Caetano, filiados à Força Sindical, na tentativa de buscar uma solução para o impasse nas negociações salariais da GM.
A união, no mínimo inusitada, vai colocar na mesa de negociação rivais ideológicos do movimento sindical brasileiro: a ala mais à esquerda da CUT e a ala mais à direita da Força Sindical. A aproximação entre as duas partes começou na semana passada, quando os sindicalistas trocaram informações sobre a paralisação na unidade do interior paulista.
"Acho normal colocar as divergências políticas de lado na busca de um acordo que favorece o trabalhador. Se o objetivo for melhorar a proposta de abono, estamos dispostos a conversar", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido da Silva, o Cidão.
O sindicalista disse que aguarda a reabertura de negociações na unidade de São Caetano -interrompida na semana passada após os trabalhadores daquela unidade rejeitarem em assembléia o pagamento de abono de R$ 900 em duas parcelas- para discutir as perdas salariais.
"Podemos negociar juntos, mas queremos autonomia para fechar um acordo com responsabilidade. Estamos fora da data-base e a greve em São José foi julgada abusiva", disse Cidão, sem detalhar se o sindicato defenderia greve na fábrica de São Caetano.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates, o Mancha, o momento é de unir forças para melhorar a proposta de abono já aceita pelos metalúrgicos do ABC (filiados à CUT). "Ficamos isolados na greve porque o ABC aceitou o abono. Nós preferimos defender o reajuste de 10,39% nos salários." (CR)

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