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Campanha pode unir metalúrgicos filiados à CUT e à Força Sindical
DA REPORTAGEM LOCAL
Os metalúrgicos de São José dos
Campos, ligados à CUT e ao
PSTU, podem se aliar aos de São
Caetano, filiados à Força Sindical,
na tentativa de buscar uma solução para o impasse nas negociações salariais da GM.
A união, no mínimo inusitada,
vai colocar na mesa de negociação
rivais ideológicos do movimento
sindical brasileiro: a ala mais à esquerda da CUT e a ala mais à direita da Força Sindical. A aproximação entre as duas partes começou na semana passada, quando
os sindicalistas trocaram informações sobre a paralisação na
unidade do interior paulista.
"Acho normal colocar as divergências políticas de lado na busca
de um acordo que favorece o trabalhador. Se o objetivo for melhorar a proposta de abono, estamos
dispostos a conversar", disse o
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido da Silva, o Cidão.
O sindicalista disse que aguarda
a reabertura de negociações na
unidade de São Caetano -interrompida na semana passada após
os trabalhadores daquela unidade
rejeitarem em assembléia o pagamento de abono de R$ 900 em
duas parcelas- para discutir as
perdas salariais.
"Podemos negociar juntos, mas
queremos autonomia para fechar
um acordo com responsabilidade. Estamos fora da data-base e a
greve em São José foi julgada abusiva", disse Cidão, sem detalhar se
o sindicato defenderia greve na
fábrica de São Caetano.
Para o presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de São José dos
Campos, Luiz Carlos Prates, o
Mancha, o momento é de unir
forças para melhorar a proposta
de abono já aceita pelos metalúrgicos do ABC (filiados à CUT).
"Ficamos isolados na greve porque o ABC aceitou o abono. Nós
preferimos defender o reajuste de
10,39% nos salários."
(CR)
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