São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa cai a menor nível desde novembro de 2003; taxa de juro futuro mais longo sobe com força

Dólar sobe ao maior valor desde setembro

DA REPORTAGEM LOCAL

No atual cenário negativo que domina o mercado financeiro, o dólar voltou a ser destaque e atingiu ontem seu maior valor desde setembro do ano passado. A Bovespa, que caiu 2,97%, atingiu seu menor nível em pontos desde novembro de 2003.
Na semana, o dólar já subiu 1,9%. Ontem a moeda americana fechou a R$ 2,967 (alta de 0,58%).
Operadores do mercado afirmaram que a venda de ações por parte de estrangeiros foi forte no pregão de ontem. A ação PN da Petrobras (a mais negociada do dia) teve desvalorização de 5,1%.
Resultados divulgados por grandes empresas, referentes ao 1º trimestre, também não agradaram, porque ficaram abaixo do alcançado no ano passado.
A petroquímica Braskem (cuja ação PNA desabou 7,5%) apresentou lucro no 1º trimestre 93% inferior ao registrado no mesmo período de 2003.
A intenção da China de frear seu crescimento econômico voltou a pesar para ações do setor siderúrgico, grande exportador para o país. A maior queda do pregão ficou com Usiminas PNA, que teve baixa de 8,4%. O papel PN da Siderúrgica Tubarão recuou 7,3%.
Em Nova York, o banco ABN Amro rebaixou a recomendação dos papéis da dívida externa brasileira, como já haviam feito os bancos JP Morgan e Citigroup.
A divulgação da evolução do PIB dos EUA no 1º trimestre -que, apesar de forte, ficou abaixo do esperado- não sacudiu o mercado como muitos analistas temiam. Mas o resultado da inflação no período, acima do previsto, ampliou a perspectiva de aumento na taxa de juros do país.

Juros pressionados
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos DI de prazo mais longo subiram com força, impulsionadas pelo temor dos efeitos negativos que juros maiores nos EUA possam ter nas decisões do BC.
A taxa do contrato DI (que acompanha os juros interbancários) mais negociado, com prazo de resgate em janeiro, subiu de 15,50% para 15,74%. No contrato com resgate em um ano, a taxa pulou de 15,73% para 16,02%.
Os contratos mais curtos pouco se alteraram e permanecem indicando a expectativa de que a taxa básica de juros será cortada em 0,25 ponto percentual no próximo mês. (FABRICIO VIEIRA)


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