|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Bolsa cai a menor nível desde novembro de 2003; taxa de juro futuro mais longo sobe com força
Dólar sobe ao maior valor desde setembro
DA REPORTAGEM LOCAL
No atual cenário negativo que
domina o mercado financeiro, o
dólar voltou a ser destaque e atingiu ontem seu maior valor desde
setembro do ano passado. A Bovespa, que caiu 2,97%, atingiu seu
menor nível em pontos desde novembro de 2003.
Na semana, o dólar já subiu
1,9%. Ontem a moeda americana
fechou a R$ 2,967 (alta de 0,58%).
Operadores do mercado afirmaram que a venda de ações por
parte de estrangeiros foi forte no
pregão de ontem. A ação PN da
Petrobras (a mais negociada do
dia) teve desvalorização de 5,1%.
Resultados divulgados por
grandes empresas, referentes ao
1º trimestre, também não agradaram, porque ficaram abaixo do alcançado no ano passado.
A petroquímica Braskem (cuja
ação PNA desabou 7,5%) apresentou lucro no 1º trimestre 93%
inferior ao registrado no mesmo
período de 2003.
A intenção da China de frear seu
crescimento econômico voltou a
pesar para ações do setor siderúrgico, grande exportador para o
país. A maior queda do pregão ficou com Usiminas PNA, que teve
baixa de 8,4%. O papel PN da Siderúrgica Tubarão recuou 7,3%.
Em Nova York, o banco ABN
Amro rebaixou a recomendação
dos papéis da dívida externa brasileira, como já haviam feito os
bancos JP Morgan e Citigroup.
A divulgação da evolução do
PIB dos EUA no 1º trimestre
-que, apesar de forte, ficou abaixo do esperado- não sacudiu o
mercado como muitos analistas
temiam. Mas o resultado da inflação no período, acima do previsto, ampliou a perspectiva de aumento na taxa de juros do país.
Juros pressionados
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos DI de prazo mais longo subiram com força, impulsionadas
pelo temor dos efeitos negativos
que juros maiores nos EUA possam ter nas decisões do BC.
A taxa do contrato DI (que
acompanha os juros interbancários) mais negociado, com prazo
de resgate em janeiro, subiu de
15,50% para 15,74%. No contrato
com resgate em um ano, a taxa
pulou de 15,73% para 16,02%.
Os contratos mais curtos pouco
se alteraram e permanecem indicando a expectativa de que a taxa
básica de juros será cortada em
0,25 ponto percentual no próximo mês.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Telefonia: Investigação sobre teles pode levar até um ano Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|