São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2004
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Diferenças na safra Ontem foi a vez de o IBGE divulgar dados de safra. Segundo essa instituição, a safra brasileira de grãos fica em 125,5 milhões de toneladas neste ano, 5,5 milhões a mais do que os 120 milhões da Conab. Os dados da Conab estão mais alinhados com as estimativas do mercado. Principais divergências As principais diferenças entre os dois organismos governamentais ficam para soja e milho, exatamente os dois produtos de maior expressão na safra brasileira. O IBGE prevê a safra de soja em 52,6 milhões de toneladas, acima dos 50,2 milhões de toneladas da Conab. No caso do milho, a previsão do primeiro é de 45,8 milhões, contra 42,7 milhões da Conab. Semelhanças IBGE e Conab acertaram os ponteiros nas estimativas de arroz e de trigo. A safra de arroz sobe para 12,6 milhões de toneladas, nas contas do IBGE, volume próximo dos 12,9 milhões da Conab. No caso do trigo, ambos estimam produção recorde próxima dos 6 milhões de toneladas. Estoque apertado Considerando os dados de produção da Conab e estoques iniciais de 6,5 milhões de toneladas, a oferta total de milho fica próxima de 49,4 milhões de toneladas neste ano, segundo Vera Zardo, do Deral. Descontados os 45,5 milhões de consumo e de exportações, os estoques finais serão de 3,9 milhões de toneladas. Sem definição Zardo alerta que os dados de oferta não estão confirmados, uma vez que a colheita de milho safrinha ainda é incerta. Embrapa MT Mato Grosso, o maior produtor de soja do país, quer uma unidade da Embrapa. A política da empresa, no entanto, é não aumentar custos fixos no momento. A Embrapa quer adotar modelo francês de parceria para atender à reivindicação dos mato-grossenses. Inovação Clayton Campanhola, diretor-presidente da Embrapa, diz que, para fugir dos gastos, a empresa estuda uma proposta mista com a participação de outras instituições de pesquisas no Estado. Todas ocupariam o mesmo espaço físico e dividiriam os custos. Um grupo de trabalho estuda essa possibilidade e dará respostas em 30 dias. Retorno lento Campanhola diz que, quando se constrói uma estrutura de pesquisas, o retorno é lento e só vem em 15 anos. É preciso unir esforços entre as instituições para a redução de custos e chegar às necessidades imediatas dos produtores. Leite em alta Acompanhamento do Cepea mostra que o leite está em alta em abril. Em Goiás e Paraná, a alta supera os 10% no mês. Aquecimentos nos mercados interno e externo e falta de produto devido à entressafra permitiram o aumento dos preços pagos aos produtores. Café medicinal A Abic, o Incor e a Fundação Zerbini vão criar uma unidade de pesquisa médica sobre o café. Vão desenvolver pesquisas na área básica, clínica e epidemiológica referentes ao produto, seus componentes químicos e saúde humana. E-mail: mzafalon@ folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Dólar sobe ao maior valor desde setembro Próximo Texto: O vôo da águia: PIB cresce 4,2% e inflação sobe nos EUA Índice |
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