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MUDANÇA
Para Amadeo, queda de juros vai contribuir
Desemprego deve
cair, diz ministro
da Sucursal de Brasília
O ministro Edward Amadeo
(Trabalho) disse que a taxa de desemprego deverá cair nos próximos meses. Ele não fez previsões
sobre a magnitude dessa redução,
mas disse que a queda dos juros
vai influenciar positivamente o
mercado de trabalho.
Apesar dessa visão otimista, ele
disse que as tendências continuam
preocupantes, principalmente
porque o desemprego está aumentando entre os chefes de família e
trabalhadores com mais de 40
anos. Nessas categorias o peso do
desemprego é maior porque são
pessoas que têm dependentes.
Amadeo afirmou que o aumento
da taxa foi afetado também por fatores sazonais. Os três primeiros
meses do ano são marcados por
fraca atividade econômica.
Os pedidos do comércio à indústria começam no final de março, o
que aumenta a expectativa de contratação de mão-de-obra somente
a partir de abril.
Outro componente que continua interferindo no crescimento
do desemprego é a estruturação da
economia. Por causa da abertura
do mercado aos produtos internacionais, as empresas estão sendo
forçadas a reduzir custos.
"Há uma tendência saudável de
adoção de métodos e técnicas de
gestão que vai aumentar a produtividade da economia, mas que
também reduz o número de trabalhadores em uma empresa", disse.
Segundo ele, o Brasil irá conviver com esse fator nos próximos
anos, assim como acontece em alguns países da Europa. O crescimento do número de pessoas que
estão entrando no mercado de trabalho também pressionou o aumento do desemprego.
Segundo o raciocínio de Amadeo, o número de pessoas empregadas cresceu. Os dados do IBGE
mostram que em março havia 280
mil ocupados a mais em relação a
fevereiro, enquanto os desocupados aumentaram em 160 mil.
O ministro disse também que o
rendimento do trabalho está positivo, isto é, houve um acréscimo
médio de 3,5% do salário de março de 97 a março de 98, descontada
a inflação do período.
Vicentinho
Amadeo recebeu ontem o presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Vicente Paulo da
Silva, o Vicentinho, que apresentou propostas para combater o desemprego. O sindicalista pediu o
apoio do ministro para o aumento
das parcelas do seguro-desemprego. Atualmente o benefício varia
de três a cinco parcelas.
As centrais sindicais querem que
os pagamentos passem de cinco a
sete parcelas.
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