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MERCADO FINANCEIRO
Nova York anima investidores em SP
da Reportagem Local
A alta na Bolsa de Valores de Nova York, de 0,59%, a primeira depois de quatro quedas consecutivas, animou os mercados financeiros em todo o mundo.
Em São Paulo, a Bolsa de Valores
teve alta de 1,32% e os juros e a
desvalorização do real projetados
nos mercados futuros se reduziram. Os contratos para vencimento em junho projetaram juros de
23,68% ao ano, contra os 23,82%
de anteontem.
A desvalorização do real prevista
nos contratos com vencimento em
maio foi de 0,65% ao mês no fechamento de ontem, contra 0,67%
anteontem.
Os C-bonds, os títulos da dívida
externa brasileira mais negociados, também tiveram suas cotações elevadas com os bons ventos
vindos de Nova York.
Os preços dos C-bonds fecharam
em US$ 81,38 ontem, contra US$
80,87 anteontem.
A única pressão veio do mercado
de câmbio à vista, com o dólar comercial cotado a R$ 1,1456 para
venda, contra R$ 1,1451 de anteontem, se descolando ainda
mais do piso da minibanda.
Mas os analistas não viam motivo para preocupação pois muitos
bancos estão zerando suas posições para o fechamento do mês e
hoje deve acontecer nova alteração na minibanda.
A nomeação de Luiz Carlos
Mendonça de Barros para o Ministério das Comunicações e de
André Lara Resende para a presidência do BNDES contribuiu para
o otimismo geral.
Mas, segundo analistas, o mundo todo está de olho no mercado
de ações em Nova York, que não
encontrou seu patamar. E, principalmente, nas taxas de juros norte-americanas. Se elas subirem,
podem atrair recursos de fundos
que hoje têm fortes investimentos
em vários países e no próprio mercado de ações em Nova York.
A boa notícia, ontem, veio das
vendas de casas novas em março
nos Estados Unidos, que tiveram
queda de 5%, a primeira em quatro meses.
Os analistas esperavam queda de
2,5% e consideraram o tombo
uma prova de que a economia dos
EUA não está aquecida. Um aumento dos juros básicos pelo Fed,
o banco central dos EUA, portanto, não seria necessário.
Os juros pagos pelos títulos do
Tesouro dos EUA de 30 anos fecharam estáveis, em 6,07% ao ano.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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