São Paulo, quinta, 30 de abril de 1998

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MERCADO FINANCEIRO
Nova York anima investidores em SP

da Reportagem Local

A alta na Bolsa de Valores de Nova York, de 0,59%, a primeira depois de quatro quedas consecutivas, animou os mercados financeiros em todo o mundo.
Em São Paulo, a Bolsa de Valores teve alta de 1,32% e os juros e a desvalorização do real projetados nos mercados futuros se reduziram. Os contratos para vencimento em junho projetaram juros de 23,68% ao ano, contra os 23,82% de anteontem.
A desvalorização do real prevista nos contratos com vencimento em maio foi de 0,65% ao mês no fechamento de ontem, contra 0,67% anteontem.
Os C-bonds, os títulos da dívida externa brasileira mais negociados, também tiveram suas cotações elevadas com os bons ventos vindos de Nova York.
Os preços dos C-bonds fecharam em US$ 81,38 ontem, contra US$ 80,87 anteontem.
A única pressão veio do mercado de câmbio à vista, com o dólar comercial cotado a R$ 1,1456 para venda, contra R$ 1,1451 de anteontem, se descolando ainda mais do piso da minibanda.
Mas os analistas não viam motivo para preocupação pois muitos bancos estão zerando suas posições para o fechamento do mês e hoje deve acontecer nova alteração na minibanda.
A nomeação de Luiz Carlos Mendonça de Barros para o Ministério das Comunicações e de André Lara Resende para a presidência do BNDES contribuiu para o otimismo geral.
Mas, segundo analistas, o mundo todo está de olho no mercado de ações em Nova York, que não encontrou seu patamar. E, principalmente, nas taxas de juros norte-americanas. Se elas subirem, podem atrair recursos de fundos que hoje têm fortes investimentos em vários países e no próprio mercado de ações em Nova York.
A boa notícia, ontem, veio das vendas de casas novas em março nos Estados Unidos, que tiveram queda de 5%, a primeira em quatro meses.
Os analistas esperavam queda de 2,5% e consideraram o tombo uma prova de que a economia dos EUA não está aquecida. Um aumento dos juros básicos pelo Fed, o banco central dos EUA, portanto, não seria necessário.
Os juros pagos pelos títulos do Tesouro dos EUA de 30 anos fecharam estáveis, em 6,07% ao ano.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)


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