DE BUENOS AIRES

O governo estuda obrigar os bancos argentinos a duplicar boa parte das 17,6 milhões de contas existentes no país. A medida faz parte do plano para reduzir as restrições impostas pelo curralzinho que deve ser divulgado pelo ministro da Economia, Roberto Lavagna, nos próximos dias.
A intenção do governo é separar os depósitos realizados até dezembro, quando foi decretado o curralzinho, das contas novas que foram abertas pela população. Essas contas não teriam restrições para saque e contariam com uma espécie de correção monetária.
Dessa forma, o governo espera incentivar os argentinos a voltar a depositar dinheiro nos bancos, já que, desde a criação do curralzinho, quase todo o dinheiro poupado é transformado em dólares.
Em princípio, os bancos se mostraram desfavoráveis à duplicação das contas devido aos custos.
Lavagna quer, ainda, oferecer um bônus optativo com prazo de até 10 anos para devolver os depósitos congelados, que poderia ser usado para comprar automóveis, imóveis ou para cancelar dívidas.
Com a esperança do fim do curralzinho, o dólar subiu ontem 2%, cotado a 3,65 pesos nas casas de câmbio. (JS)


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