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Uruguai obtém empréstimo de US$ 3,1 bi do FMI
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O governo uruguaio conseguiu, na madrugada de ontem, a aprovação do projeto de lei que determina uma série de medidas econômicas, incluindo aumento de
impostos e criação de novos tributos. Já na tarde de ontem, como
consequência dessa aprovação, o FMI e outros organismos internacionais acertaram um empréstimo de US$ 3,1 bilhões para o país.
O ministro da Economia uruguaio, Alberto Bensión, explicou que o dinheiro será utilizado para algumas medidas preestabelecidas.
""Em primeiro lugar, temos de assegurar a solvência das contas
dos Estado. Em segundo, a solvência do sistema financeiro. Em
terceiro, compor as perdas transitórias que tiveram as reservas do
país", enumerou ele.
O Uruguai, que tem na remessa de dinheiro do exterior uma das
suas principais fontes de poupança interna, já teve uma queda de
18,73% nos seus depósitos em moedas estrangeiras -o equivalente a US$ 2,5 bilhões.
Eduardo Aninat, subdiretor-gerente do FMI, chegou ao país na
semana passada com a incumbência de negociar uma ampliação no empréstimo de US$ 743 milhões previsto inicialmente.
O FMI arcará com US$ 1,5 bilhão do bolo todo, apenas a título
de financiamento adicional para o país sul-americano.
Para a composição de US$ 3,1
bilhões, haverá, além do US$ 1,5
bilhão, a liberação de US$ 600 milhões do próprio FMI referentes a
créditos de acordo feito em março
último; US$ 600 milhões do BID
(Bando Interamericano de Desenvolvimento) e US$ 400 milhões do Bird (Banco Mundial).
De acordo com Bensión, o aumento nos valores do empréstimo determinam uma ""base de confiança no crescimento da economia nacional".
O secretário-geral da central sindical PIT-CNT disse para a
Agência Folha que está programada uma greve geral de 24 horas
no próximo dia 12.
Para aprovar o projeto, o presidente uruguaio Jorge Batlle conquistou dois votos do Partido Blanco. Faltava um voto para atingir o necessário. Os ""blancos"
e o Partido Colorado (de Batlle) formam a coalização ""rosada".
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