São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa sobe 3,28% e está muito próximo dos 13 mil pontos; dólar e juros continuam em baixa

Bolsa acumula alta de 3,28% na semana

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo teve boa alta de 2,01% ontem, para 12.985 pontos. Na semana, acumula alta de 3,28%. O Ibovespa chegou perto de ultrapassar os 13 mil pontos, nível que não alcança desde abril. Ao final do pregão o índice, que reúne as 57 ações mais negociadas na Bolsa paulista, fechou com giro financeiro de R$ 633,63 milhões.
Nesta semana, chama a atenção dos operadores o comportamento das ações da Telemar -as de maior peso no Ibovespa. O papel tem apresentado boas altas. Ontem, os preferenciais encerraram o dia valorizados em 2,44% e os ordinários subiram 2,08%.
O papel tem girado forte porque passa por um ajuste no chamado "mercado de aluguel". Nesse mercado, o investidor "aluga" uma ação. O processo tem a finalidade, por exemplo, de baratear os custos para uma operação de alavancagem de posições.
Se o investidor quiser assumir uma posição "vendida" no mercado futuro, a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) exige taxas de margem muito altas, para garantir a saúde do mercado. Se ele tiver o papel, essa taxa não é necessária. Alugar os papéis barateia a operação. Neste momento, o problema é que quem aluga essas ações não está querendo renovar contratos, o que obriga os investidores a comprar o papel de fato ou zerar posições nesse mercado. Isso tem movimentado as ações da Telemar.
A ata do Copom, divulgada ontem, reforçou a avaliação do mercado de que o corte dos juros brasileiros está próximo. Na BM&F, os contratos de juros para janeiro, os que concentram o maior número de negócios, fecharam projetando taxa de 18,63%, contra 18,73% anteontem.
O dólar caiu 0,5% ontem, para R$ 2,516. O mercado vive os dias de disputa pela formação do Ptax (preço médio do dólar medido pelo BC diariamente). Os "vendidos" (que se beneficiam da queda do dólar) e os "comprados" (que apostam na valorização) tentam adequar a cotação a seus interesses.
Segundo Marcelo Schmitt, do banco Lloyds TSB, começa a se formar uma onda de otimismo no mercado. Cresce a expectativa para o crescimento de José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano.
Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira, subiram 0,4% ontem.
(ANA PAULA RAGAZZI)


Texto Anterior: Energia: Gás de cozinha subirá até 8% para o consumidor; inflação não deve ser afetada
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.