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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa sobe 3,28% e está muito próximo dos 13 mil pontos; dólar e juros continuam em baixa
Bolsa acumula alta de 3,28% na semana
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo teve boa alta de 2,01% ontem, para 12.985 pontos. Na semana, acumula alta de 3,28%. O Ibovespa chegou perto de ultrapassar os 13 mil pontos, nível que não alcança desde abril. Ao final do pregão o
índice, que reúne as 57 ações mais negociadas na Bolsa paulista, fechou com giro financeiro de R$ 633,63 milhões.
Nesta semana, chama a atenção
dos operadores o comportamento das ações da Telemar -as de
maior peso no Ibovespa. O papel
tem apresentado boas altas. Ontem, os preferenciais encerraram
o dia valorizados em 2,44% e os
ordinários subiram 2,08%.
O papel tem girado forte porque
passa por um ajuste no chamado
"mercado de aluguel". Nesse
mercado, o investidor "aluga"
uma ação. O processo tem a finalidade, por exemplo, de baratear
os custos para uma operação de
alavancagem de posições.
Se o investidor quiser assumir
uma posição "vendida" no mercado futuro, a BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) exige taxas de margem muito altas, para
garantir a saúde do mercado. Se
ele tiver o papel, essa taxa não é
necessária. Alugar os papéis barateia a operação. Neste momento,
o problema é que quem aluga essas ações não está querendo renovar contratos, o que obriga os investidores a comprar o papel de
fato ou zerar posições nesse mercado. Isso tem movimentado as
ações da Telemar.
A ata do Copom, divulgada ontem, reforçou a avaliação do mercado de que o corte dos juros brasileiros está próximo. Na BM&F,
os contratos de juros para janeiro,
os que concentram o maior número de negócios, fecharam projetando taxa de 18,63%, contra
18,73% anteontem.
O dólar caiu 0,5% ontem, para
R$ 2,516. O mercado vive os dias
de disputa pela formação do Ptax
(preço médio do dólar medido
pelo BC diariamente). Os "vendidos" (que se beneficiam da queda
do dólar) e os "comprados" (que
apostam na valorização) tentam
adequar a cotação a seus interesses.
Segundo Marcelo Schmitt, do
banco Lloyds TSB, começa a se
formar uma onda de otimismo no
mercado. Cresce a expectativa para o crescimento de José Serra
(PSDB) nas pesquisas de intenção
de voto para as eleições deste ano.
Os C-Bonds, títulos da dívida
brasileira, subiram 0,4% ontem.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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