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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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REMÉDIO AMARGO

PIB cai 0,1% no 1º trimestre em comparação com o último de 2002 e sobe 2% sobre o 1º trimestre do ano passado

Era Lula começa com economia estagnada

DA REDAÇÃO

A economia brasileira praticamente parou no primeiro trimestre do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PIB (Produto Interno Bruto) do país caiu 0,1% no período, em relação aos últimos três meses de 2002, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado -quando a economia sofria os efeitos do racionamento de energia-, houve crescimento de 2%.
Embora os dois dados possam gerar conclusões conflitantes, houve, nas duas formas de cálculo, piora em indicadores vitais para o bem-estar das famílias brasileiras e para a expectativa dos empresários com relação ao futuro. O consumo das famílias brasileiras -que responde por 59,3% do PIB- caiu 0,6% com relação ao trimestre anterior e 2,3% com relação ao mesmo período de 2002.
Foi o sétimo trimestre consecutivo de recuo nesse indicador. "A renda em queda, os juros altos e a falta de crédito explicam essa queda", disse Roberto Olinto, chefe do Departamento de Contas Nacionais do IBGE.
Investimentos em novas fábricas, equipamentos e construção civil caíram 4,6% com relação ao trimestre anterior e 1,5% com relação ao mesmo período de 2002.
Impulsionada pelo câmbio e condições externas favoráveis, a agricultura cresceu 3,7% com relação ao trimestre anterior e impediu uma retração maior do PIB.
"Após uma crise como a que tivemos no ano passado, o resultado poderia ter sido pior", reagiu o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Segundo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, não basta "puxar o gatilho" para fazer o país voltar a crescer.
Para o economista Francisco Pessoa Faria, da LCA Consultores, "os números corroboram a percepção de que o nosso bem-estar material está realmente menor do que no ano passado."


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