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Interpretação de números fica ao "gosto do freguês"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Ao gosto do freguês." A
dupla leitura dos indicadores do PIB -crescimento de
2% ou retração de 0,1%-
remete à surrada analogia do
copo meio cheio ou meio vazio. Depende da ótica de
quem os analisa.
"Não existe certo ou errado", diz Paulo Levy, coordenador do grupo de Acompanhamento Conjuntural do
Ipea (Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas).
Ele afirma que, ao se comparar um índice com anos
anteriores num país economicamente instável como o
Brasil, não se consegue absoluta pureza nos índices.
"Você pode ter crescimento médio de 2% e, na ponta,
um resultado negativo de
0,1%. A ponta mostra para
onde você está indo", diz Ricardo Carneiro, do Centro
de Conjuntura e Política
Econômica da Unicamp.
"Isso [a forma de leitura] é
uma questão escolástica. O
que importa é que os indicadores não são bons", diz o
professor Luiz Carlos Bresser Pereira, da FGV-SP.
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