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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA teve desvalorização de 2,52% e encerrou vendida a R$ 2,935; Bolsa subiu 0,83%
Dólar cai e volta a custar menos de R$ 3
DA REPORTAGEM LOCAL
A desvalorização de 2,52% fez o
dólar voltar a fechar abaixo de R$
3,00 pela primeira vez desde que o
BC anunciou, no início da semana, mudanças em sua estratégia
de rolagem da dívida cambial.
A moeda norte-americana encerrou os negócios de ontem a R$
2,935. A venda de dólares por exportadores e tesourarias de bancos fez a moeda operar em baixa
durante todo o dia. Compras de
dólares feitas pelo Banco do Brasil
teriam evitado que a queda no valor da moeda dos EUA fosse ainda
mais expressiva, segundo operadores do mercado.
Além do efeito positivo da notícia de que a CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) deu aval à
proposta de reforma tributária, o
mercado trabalhou com a expectativa de entrada de recursos provenientes de captações de empresas e bancos no exterior.
Nas mesas de operações, falou-se também que o governo pode
voltar a captar em breve no mercado externo. Após serem feitas
captações no exterior, os recursos
passam pelo mercado de câmbio,
aumentando a oferta de moeda
estrangeira. Por isso, quem tem
dólares tenta se antecipar e vende-os a valores mais altos.
No mercado internacional, os
C-Bonds, papéis da dívida brasileira de maior liquidez, tiveram
alta de 0,43% e fecharam a US$
0,8963.
As operações no mercado futuro também influenciaram o sobe-e-desce do dólar ontem. Com o
fim do mês, a disputa para a formação do Ptax (preço médio do
dólar medido pelo BC) ganha força. O Ptax serve de referência para
a liquidação dos contratos de
câmbio negociados na Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F).
Ações
A Bovespa encerrou o pregão
com alta de 0,83%. O destaque ficou com as ações preferenciais da
Klabin, que tiveram forte ganho
de 9,9%. A principal motivação
para a compra do papel foi a possibilidade de venda de fábricas da
companhia. Os recursos do negócio seriam utilizados na redução
do endividamento da empresa.
Os papéis preferenciais da Telemar, os mais negociados do dia,
movimentaram 21,4% dos R$ 906
milhões girados no pregão de ontem. Estudo da Economática
mostra que o volume médio diário mensal negociado pelas duas
ações (ON e PN) da Telemar nunca foi tão grande como neste mês.
(FABRICIO VIEIRA)
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