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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda dos EUA teve desvalorização de 2,52% e encerrou vendida a R$ 2,935; Bolsa subiu 0,83%

Dólar cai e volta a custar menos de R$ 3

DA REPORTAGEM LOCAL

A desvalorização de 2,52% fez o dólar voltar a fechar abaixo de R$ 3,00 pela primeira vez desde que o BC anunciou, no início da semana, mudanças em sua estratégia de rolagem da dívida cambial.
A moeda norte-americana encerrou os negócios de ontem a R$ 2,935. A venda de dólares por exportadores e tesourarias de bancos fez a moeda operar em baixa durante todo o dia. Compras de dólares feitas pelo Banco do Brasil teriam evitado que a queda no valor da moeda dos EUA fosse ainda mais expressiva, segundo operadores do mercado.
Além do efeito positivo da notícia de que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deu aval à proposta de reforma tributária, o mercado trabalhou com a expectativa de entrada de recursos provenientes de captações de empresas e bancos no exterior.
Nas mesas de operações, falou-se também que o governo pode voltar a captar em breve no mercado externo. Após serem feitas captações no exterior, os recursos passam pelo mercado de câmbio, aumentando a oferta de moeda estrangeira. Por isso, quem tem dólares tenta se antecipar e vende-os a valores mais altos.
No mercado internacional, os C-Bonds, papéis da dívida brasileira de maior liquidez, tiveram alta de 0,43% e fecharam a US$ 0,8963.
As operações no mercado futuro também influenciaram o sobe-e-desce do dólar ontem. Com o fim do mês, a disputa para a formação do Ptax (preço médio do dólar medido pelo BC) ganha força. O Ptax serve de referência para a liquidação dos contratos de câmbio negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).

Ações
A Bovespa encerrou o pregão com alta de 0,83%. O destaque ficou com as ações preferenciais da Klabin, que tiveram forte ganho de 9,9%. A principal motivação para a compra do papel foi a possibilidade de venda de fábricas da companhia. Os recursos do negócio seriam utilizados na redução do endividamento da empresa.
Os papéis preferenciais da Telemar, os mais negociados do dia, movimentaram 21,4% dos R$ 906 milhões girados no pregão de ontem. Estudo da Economática mostra que o volume médio diário mensal negociado pelas duas ações (ON e PN) da Telemar nunca foi tão grande como neste mês. (FABRICIO VIEIRA)


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