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Venda de eletrônicos cresce entre consumidores on-line em 2006
Pesquisa mostra que categoria foi a que mais avançou nas compras pela rede
GUSTAVO VILLAS BOAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os consumidores compraram mais equipamentos eletrônicos pela internet no ano passado do que em 2005. Entre as
pessoas que fizeram compras
pela rede, 24% disseram ter investido em produtos desse tipo,
um crescimento de dez pontos
percentuais em relação a 2005.
Os números são parte da pesquisa sobre o uso, no Brasil, de
tecnologias da informação nas
residências (TIC Domicílios)
realizada em 10,5 mil domicílios do país. O estudo, feito pelo
Centro de Estudos sobre as
Tecnologias da Informação e
da Comunicação (Cetic.br), teve a segunda parte divulgada
ontem -a primeira saiu em novembro do ano passado.
Apesar de livros, revistas e
jornais comporem a categoria
mais citada pelos consumidores da internet (30%), seu crescimento foi um pouco menor
(seis pontos percentuais a mais
em relação a 2005) do que o de
eletrônicos, como câmeras digitais e tocadores, e o de computadores e artigos de informática (19% ante 12% em 2005).
As duas, ao lado de vestuário
e acessórios (de 6% para 13%),
são as categorias que mais espaço ganharam no gosto dos
consumidores on-line.
Nos dois anos, 13% das pessoas que consumiram pela rede
disseram ter comprado eletrodomésticos. Filmes e músicas,
categoria que liderava em
2005, com citação de 26% dos
consumidores, caiu cinco pontos percentuais em 2006.
O número de internautas
que usavam a rede para compras também se manteve estável nos dois anos: era de 15%
em 2005 e caiu um ponto percentual, para 14%, em 2006.
Obstáculos
Os principais motivos alegados pelos usuários de internet
que não fizeram compras on-line foram a falta de interesse/
necessidade (43%), a preferência por adquirir produtos pessoalmente (39%) e a preocupação com a segurança, empecilho para 20%.
Para Mariana Balboni, gerente do Cetic, os obstáculos
para a realização de compras
on-line são culturais. Ela cita
que são poucos os casos de problemas relatados pelos entrevistados que disseram ter adquirido algum produto pela internet. Em 2006, 9,2% dos consumidores da internet afirmaram ter tido problemas durante
o procedimento.
"As pessoas podem preferir
fazer compras pessoalmente,
mas eu acho que a maioria dos
internautas usa a rede para se
informar, comparar e escolher
os produtos", diz ela. Balboni
considera que, no ano que vem,
a pesquisa deve abranger esse
processo de pesquisa.
Potencial de crescimento
Outro obstáculo apontado
por Balboni para o consumo
on-line é o número relativamente pequeno de empresas
com site.
No mesmo dia, o Cetic divulgou uma pesquisa focada no
uso de tecnologias da informação nas empresas (TIC Empresas). Do universo pesquisado,
96,8% têm acesso à internet e
pouco menos do que a metade
delas conta com site (48,8%).
"E isso não quer dizer que os sites façam vendas pela internet", afirma ela.
Segundo a pesquisa, 30,92%
do faturamento das empresas
que realizam esse tipo de serviço vêm do comércio on-line.
Para essas, o maior benefício do
comércio pela internet é o tempo de transação reduzido, vantagem apontada por 76,77% das
empresas.
O mercado brasileiro é praticamente o destino final de todos os produtos das organizações que comercializam pela
internet. No país, ficam 94,48%
do total de vendas, enquanto
2,38% vão para o Mercosul.
Os resultados das duas pesquisas foram compilados no livro "Pesquisa sobre o Uso das
Tecnologias da Informação e
da Comunicação no Brasil
2006", apresentado ontem.
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