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São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2003

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"JAPÃO EUROPEU"

Para "revitalizar" a maior economia da Europa, governo alemão antecipa corte de impostos em um ano

Alemanha anuncia pacote de US$ 28,5 bi

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schröder, anunciou ontem que adiantará em um ano o programa de corte de impostos pelo qual pretende ""revitalizar" a maior economia da Europa.
Com o novo cronograma, a Alemanha cortará 18 bilhões (US$ 20,5 bilhões) em impostos em 2004. Como um corte de 7 bilhões (US$ 8 bilhões) já estava previsto para vigorar a partir de janeiro, a redução da carga tributária chega a 25 bilhões (US$ 28,5 bilhões). Os principais beneficiados pelo pacote seriam pessoas físicas e pequenas empresas.
O programa do governo, inicialmente previsto para ser aplicado em 2005, estabelece que a alíquota máxima de imposto de renda cairá de 48,5% para 42%, e a mínima, de 19,9% para 15%. A redução das alíquotas ainda depende de aprovação do Parlamento.
"Reformas algumas vezes machucam, mas também trazem recompensas", disse Schröder. Era uma clara referência à decisão do governo de reduzir subsídios (leia-se benefícios sociais, medida contra a qual a população protesta). Serão justamente redução de subsídios, novos empréstimos e venda de ativos que vão financiar os menores impostos.
Ao aumentar a quantidade de recursos em poder da população, a Alemanha mira estimular o consumo interno, para se livrar da armadilha na qual caiu o Japão -que convive com estagnação da economia e deflação de preços. Sem crescer há três anos, a Alemanha vê hoje a taxa de desemprego acima de 10%.


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