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"JAPÃO EUROPEU"
Para "revitalizar" a maior economia da Europa, governo alemão antecipa corte de impostos em um ano
Alemanha anuncia pacote de US$ 28,5 bi
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro alemão,
Gerhard Schröder, anunciou ontem que adiantará em um ano o
programa de corte de impostos
pelo qual pretende ""revitalizar" a
maior economia da Europa.
Com o novo cronograma, a Alemanha cortará 18 bilhões (US$
20,5 bilhões) em impostos em
2004. Como um corte de 7 bilhões (US$ 8 bilhões) já estava
previsto para vigorar a partir de
janeiro, a redução da carga tributária chega a 25 bilhões (US$
28,5 bilhões). Os principais beneficiados pelo pacote seriam pessoas físicas e pequenas empresas.
O programa do governo, inicialmente previsto para ser aplicado
em 2005, estabelece que a alíquota
máxima de imposto de renda cairá de 48,5% para 42%, e a mínima,
de 19,9% para 15%. A redução das
alíquotas ainda depende de aprovação do Parlamento.
"Reformas algumas vezes machucam, mas também trazem recompensas", disse Schröder. Era
uma clara referência à decisão do
governo de reduzir subsídios
(leia-se benefícios sociais, medida
contra a qual a população protesta). Serão justamente redução de
subsídios, novos empréstimos e
venda de ativos que vão financiar
os menores impostos.
Ao aumentar a quantidade de
recursos em poder da população,
a Alemanha mira estimular o consumo interno, para se livrar da armadilha na qual caiu o Japão
-que convive com estagnação da
economia e deflação de preços.
Sem crescer há três anos, a Alemanha vê hoje a taxa de desemprego acima de 10%.
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