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MERCADO FINANCEIRO
Apreensão com novos juros americanos não afetou valorização na Bovespa ontem; risco Brasil caiu 1,65%
Apesar de cautela com o Fed, Bolsa sobe 2,21%
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do clima de cautela que
predominou no mercado ontem,
com os investidores à espera do
anúncio da decisão do Fed sobre
os juros nos Estados Unidos, a
Bovespa registrou alta de 2,21%.
Houve até quem falasse em um
hipotético aumento da meta de
inflação de 2005 pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para
justificar a alta da Bolsa.
Mas, apesar da valorização, o
movimento financeiro no pregão
da Bolsa de ontem não foi dos
melhores, ficando apenas em R$
873,8 milhões.
Os juros recuaram um pouco na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros). O dólar fechou com baixa de 0,67%, vendido a R$ 3,108.
Hoje o Fed (banco central dos
EUA) anuncia como ficam os juros no país, que estão em 1% ao
ano. A expectativa é que a taxa suba para 1,25% ao ano. Uma elevação acima do 0,25 ponto percentual esperado poderia trazer turbulência ao mercado. O risco-país
de emergentes, por exemplo, poderia voltar a subir.
Ontem o risco-país brasileiro
fechou com baixa de 1,65%, aos
655 pontos.
Se a meta de inflação do próximo ano fosse elevada, haveria
mais espaço para o Banco Central
reduzir a taxa básica de juros do
país, que está em 16% anuais. E
juros menores são benéficos para
as aplicações de renda variável,
especialmente o mercado de
ações.
Para a consultoria Global Invest, o CMN não deve alterar as
metas de inflação deste e do próximo ano. "Tanto o presidente do
BC [Henrique Meirelles] quanto o
ministro da Fazenda [Antonio
Palocci Filho] têm declarado repetidamente que as decisões de
política monetária adotadas até o
momento foram acertadas", diz
relatório da consultoria.
Ladeira abaixo
As ações da Net voltaram a liderar as perdas no pregão de ontem.
A desvalorização dos papéis preferenciais da Net ficou em 5,5%.
Na segunda, essas ações haviam
registrado perdas de 18,18%.
As perdas da Net começaram a
ocorrer após a empresa anunciar,
anteontem, a venda de parte de
seu capital para a Telmex, nova
dona da Embratel. O papel com
direito a voto da Companhia Siderúrgica Nacional foi o que mais
subiu ontem na Bolsa, fechando
com ganho de 6,7%.
(FABRICIO VIEIRA)
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