São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Apreensão com novos juros americanos não afetou valorização na Bovespa ontem; risco Brasil caiu 1,65%

Apesar de cautela com o Fed, Bolsa sobe 2,21%

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do clima de cautela que predominou no mercado ontem, com os investidores à espera do anúncio da decisão do Fed sobre os juros nos Estados Unidos, a Bovespa registrou alta de 2,21%.
Houve até quem falasse em um hipotético aumento da meta de inflação de 2005 pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para justificar a alta da Bolsa.
Mas, apesar da valorização, o movimento financeiro no pregão da Bolsa de ontem não foi dos melhores, ficando apenas em R$ 873,8 milhões.
Os juros recuaram um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). O dólar fechou com baixa de 0,67%, vendido a R$ 3,108.
Hoje o Fed (banco central dos EUA) anuncia como ficam os juros no país, que estão em 1% ao ano. A expectativa é que a taxa suba para 1,25% ao ano. Uma elevação acima do 0,25 ponto percentual esperado poderia trazer turbulência ao mercado. O risco-país de emergentes, por exemplo, poderia voltar a subir.
Ontem o risco-país brasileiro fechou com baixa de 1,65%, aos 655 pontos.
Se a meta de inflação do próximo ano fosse elevada, haveria mais espaço para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros do país, que está em 16% anuais. E juros menores são benéficos para as aplicações de renda variável, especialmente o mercado de ações.
Para a consultoria Global Invest, o CMN não deve alterar as metas de inflação deste e do próximo ano. "Tanto o presidente do BC [Henrique Meirelles] quanto o ministro da Fazenda [Antonio Palocci Filho] têm declarado repetidamente que as decisões de política monetária adotadas até o momento foram acertadas", diz relatório da consultoria.

Ladeira abaixo
As ações da Net voltaram a liderar as perdas no pregão de ontem. A desvalorização dos papéis preferenciais da Net ficou em 5,5%. Na segunda, essas ações haviam registrado perdas de 18,18%.
As perdas da Net começaram a ocorrer após a empresa anunciar, anteontem, a venda de parte de seu capital para a Telmex, nova dona da Embratel. O papel com direito a voto da Companhia Siderúrgica Nacional foi o que mais subiu ontem na Bolsa, fechando com ganho de 6,7%.
(FABRICIO VIEIRA)


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