São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

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Portáteis puxam venda de eletroeletrônicos

Segmento de produtos tem acréscimo de 18,44% nas vendas, enquanto na média de todo o setor aumento foi de 8,55%

Destaques no período são liquidificadores, com alta de 23,5%, e aspiradores de pó, com 37%; já a venda de TVs cai 6,2%, em ano pós-Copa

DA REDAÇÃO

Os portáteis puxaram as vendas de eletroeletrônicos no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 18,44% com relação ao mesmo período do ano passado. Dados da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) mostram que as vendas de liquidificadores foram 23,51% maiores, e as de aspiradores de pó, 37,04%, por exemplo.
Considerando todo o setor, o crescimento foi de 8,55%. Na análise da associação, a queda do preço dos produtos, a redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de pagamento incentivaram os consumidores a renovar os aparelhos.
No caso dos portáteis, o fôlego extra veio do valor baixo desses itens e dos lançamentos, além das compras antecipadas para o Dia das Mães. Para o consultor especializado em varejo Marcos Gouvêa de Souza, esses itens têm uma característica diferenciada do restante do setor, já que podem ser comprados por impulso.
Outro motivo é a base comparativa baixa, já que o segmento tinha crescido só 2,28% no confronto do primeiro trimestre de 2006 com relação a 2005.
Na linha branca, houve aumento de 11,74%, com destaque para a venda de refrigeradores (24,17%), por causa da procura por produtos mais eficientes. Segundo a Eletros, a nova geração consome, em média, de 20% a 50% menos energia do que os produtos com mais de dez anos de uso, o que justifica a troca em um cenário econômico favorável.
Já a linha de imagem e som teve uma ampliação de apenas 2% e, em vez das televisões, as vendas foram influenciadas principalmente pelos radiogravadores (22,93%). Os aparelhos de DVD tiveram um incremento de 8,53% no período, enquanto os televisores, depois das boas vendas por causa da Copa do Mundo em 2006, amargaram queda de 6,2%.
Em contrapartida, as TVs de plasma e LCD, bem mais caras do que as convencionais, cresceram 40% e 251%, respectivamente. Para o consultor Eugênio Foganholo, o consumidor está se capitalizando e, portanto, esperando mais tempo para comprar esses itens mais caros.
Não há dados atualizados da Eletros sobre a balança comercial. Os mais recentes ainda são referentes a 2006, quando as importações superaram as exportações em US$ 35 milhões.

Inadimplência
Levantamento da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, constatou que o setor de eletroeletrônicos apresentou indicadores de cheques sem fundos acima da média. Em maio, foi de 5,53%, contra um índice geral de 2,72%.
No setor, as compras parceladas com cheques, por causa do valor mais alto dos itens, chegaram a representar 80,11% do total das transações no mês passado. A média nacional, no mesmo período, foi de 73,28%.
(TATIANA RESENDE)

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