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Portáteis puxam venda de eletroeletrônicos
Segmento de produtos tem acréscimo de 18,44% nas vendas, enquanto na média de todo o setor aumento foi de 8,55%
Destaques no período são liquidificadores, com alta de 23,5%, e aspiradores de pó, com 37%; já a venda de TVs cai 6,2%, em ano pós-Copa
DA REDAÇÃO
Os portáteis puxaram as vendas de eletroeletrônicos no primeiro trimestre deste ano, com
crescimento de 18,44% com relação ao mesmo período do ano
passado. Dados da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) mostram que as vendas de
liquidificadores foram 23,51%
maiores, e as de aspiradores de
pó, 37,04%, por exemplo.
Considerando todo o setor, o
crescimento foi de 8,55%. Na
análise da associação, a queda
do preço dos produtos, a redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de pagamento incentivaram os consumidores a renovar os aparelhos.
No caso dos portáteis, o fôlego extra veio do valor baixo desses itens e dos lançamentos,
além das compras antecipadas
para o Dia das Mães. Para o
consultor especializado em varejo Marcos Gouvêa de Souza,
esses itens têm uma característica diferenciada do restante do
setor, já que podem ser comprados por impulso.
Outro motivo é a base comparativa baixa, já que o segmento tinha crescido só 2,28% no
confronto do primeiro trimestre de 2006 com relação a 2005.
Na linha branca, houve aumento de 11,74%, com destaque
para a venda de refrigeradores
(24,17%), por causa da procura
por produtos mais eficientes.
Segundo a Eletros, a nova geração consome, em média, de
20% a 50% menos energia do
que os produtos com mais de
dez anos de uso, o que justifica
a troca em um cenário econômico favorável.
Já a linha de imagem e som
teve uma ampliação de apenas
2% e, em vez das televisões, as
vendas foram influenciadas
principalmente pelos radiogravadores (22,93%). Os aparelhos
de DVD tiveram um incremento de 8,53% no período, enquanto os televisores, depois
das boas vendas por causa da
Copa do Mundo em 2006,
amargaram queda de 6,2%.
Em contrapartida, as TVs de
plasma e LCD, bem mais caras
do que as convencionais, cresceram 40% e 251%, respectivamente. Para o consultor Eugênio Foganholo, o consumidor
está se capitalizando e, portanto, esperando mais tempo para
comprar esses itens mais caros.
Não há dados atualizados da
Eletros sobre a balança comercial. Os mais recentes ainda são
referentes a 2006, quando as
importações superaram as exportações em US$ 35 milhões.
Inadimplência
Levantamento da Telecheque, empresa de concessão de
crédito no varejo, constatou
que o setor de eletroeletrônicos
apresentou indicadores de cheques sem fundos acima da média. Em maio, foi de 5,53%, contra um índice geral de 2,72%.
No setor, as compras parceladas com cheques, por causa do
valor mais alto dos itens, chegaram a representar 80,11% do total das transações no mês passado. A média nacional, no
mesmo período, foi de 73,28%.
(TATIANA RESENDE)
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