São Paulo, Sexta-feira, 30 de Julho de 1999
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Grevistas podem ser processados

da Reportagem Local

Caminhoneiros e líderes da greve podem ser processados criminalmente devido ao bloqueio de estradas ocorridos em todo o país nesta semana. No Estado de São Paulo, isso pode ocorrer a partir de investigações recomendadas ontem pelo procurador-geral de Justiça, Luiz Antônio Marrey.
Segundo o procurador, o Código Penal prevê punição para quem impedir ou dificultar o funcionamento de meio de transporte público. "Embora o direito de manifestação seja legítimo, o que os caminhoneiros fizeram é ilegal. A Constituição garante o livre movimento de pessoas", disse.
De acordo com o procurador, o fim da greve não impede a investigação. "Não vamos deixar passar isso sem resposta da lei. Compete aos promotores de Justiça processar os responsáveis", disse.
Nélio Botelho, líder do movimento de caminhoneiros desta semana, segundo sentença do Tribunal de Justiça do Rio, já foi condenado em 1994 por "crime de atentado contra a segurança do serviço de utilidade pública".
A condenação ocorreu depois de um protesto de caminhoneiros que bloqueou duas rodovias do Rio. Botelho foi apontado como responsável pela manifestação.


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