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Paulinho diz que foi uma "greve geral"
da Reportagem Local
O presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho,
reconheceu ontem que o movimento grevista dos caminhoneiros alcançou resultados nunca
antes obtidos pelos seus sindicatos: parar o país por alguns dias.
"Foi a primeira greve geral sem
a participação das centrais sindicais. Pararam as nossas fábricas
sem nós. Precisamos repensar as
centrais", disse.
O dirigente da Força Sindical
defendeu o movimento, afirmando que "ninguém faz uma greve
se não for por motivo justo".
Segundo Paulinho, o governo
privatizou as estradas sem exigir
uma contrapartida que beneficiasse os usuários.
Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores),
Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, o movimento foi justo.
"A situação social é grave e vão
começar a surgir novos movimentos espontâneos como esse",
disse o sindicalista.
O movimento grevista dos caminhoneiros não estava atrelado
a nenhuma central sindical.
A categoria, tradicionalmente,
sempre foi desorganizada do
ponto de vista sindical. Existem
vários sindicatos, federações e associações de caminhoneiros autônomos, atuando regionalmente.
Com o crescimento do movimento grevista, organizado a partir de um grupo de caminhoneiros do Rio de Janeiro, em torno
do Movimento União Brasil Caminhoneiro, houve uma disputa
entre essas entidades pela representação da categoria.
(ME)
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