São Paulo, Sexta-feira, 30 de Julho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Paulinho diz que foi uma "greve geral"

da Reportagem Local

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, reconheceu ontem que o movimento grevista dos caminhoneiros alcançou resultados nunca antes obtidos pelos seus sindicatos: parar o país por alguns dias.
"Foi a primeira greve geral sem a participação das centrais sindicais. Pararam as nossas fábricas sem nós. Precisamos repensar as centrais", disse.
O dirigente da Força Sindical defendeu o movimento, afirmando que "ninguém faz uma greve se não for por motivo justo".
Segundo Paulinho, o governo privatizou as estradas sem exigir uma contrapartida que beneficiasse os usuários.
Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, o movimento foi justo.
"A situação social é grave e vão começar a surgir novos movimentos espontâneos como esse", disse o sindicalista.
O movimento grevista dos caminhoneiros não estava atrelado a nenhuma central sindical.
A categoria, tradicionalmente, sempre foi desorganizada do ponto de vista sindical. Existem vários sindicatos, federações e associações de caminhoneiros autônomos, atuando regionalmente.
Com o crescimento do movimento grevista, organizado a partir de um grupo de caminhoneiros do Rio de Janeiro, em torno do Movimento União Brasil Caminhoneiro, houve uma disputa entre essas entidades pela representação da categoria. (ME)


Texto Anterior: Acordo do diesel deve elevar gasolina
Próximo Texto: Tarifa menor inviabilizaria concessões
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.