da Agência Folha

As duas montadoras instaladas em Minas Gerais, Fiat e Mercedes-Benz, pararam a produção ontem por falta de peças, decorrente da greve dos caminhoneiros.
A Fiat, com sede em Betim (MG), deixou de produzir 1.800 carros das linhas Palio, Marea e Uno. A empresa estuda recuperar o dia perdido no próximo sábado.
O motivo da paralisação foi a falta de peças para a montagem dos veículos. Um bloqueio de caminhoneiros realizado perto da fábrica, na BR-381, no município de Igarapé, impediu que os caminhões transportando as peças chegassem a Betim.
A montadora italiana poderá convocar os funcionários para trabalhar no sábado. Essa medida seria pelo fato de o mercado automotivo estar recuperando as vendas, o que é uma novidade no mês de julho.
Segundo a assessoria de imprensa da Fiat, pela primeira vez os números de julho são melhores do que os de junho. O aumento das vendas neste mês está sendo associado ao fim do acordo automotivo no final de agosto.
Com o fim do acordo, firmado com o governo federal para garantir empregos no setor, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) vai voltar a subir, elevando também o preço dos veículos o índice do reajuste ainda não foi divulgado.
A Fiat informou não ter feito ainda um estudo sobre o prejuízo financeiro com a greve.
Instalada em Juiz de Fora, a Mercedes dispensou ontem 340 dos 1.500 funcionários da fábrica. A empresa deixou de produzir 130 unidades do Classe A, único carro de passeio da montadora fabricado no Brasil.
A fábrica de Juiz de Fora foi inaugurada em abril passado. Segundo a assessoria de imprensa da montadora, algumas autopeças não chegaram à fábrica por causa da paralisação dos.
Ontem, estava faltando tecido para bancos e revestimento interno e chicotes elétricos.
Já a Volvo paralisa hoje e segunda-feira a produção na fábrica de caminhões em Curitiba, por causa da greve -mesmo após o fim do movimento.
A Chrysler também parou a produção anteontem em função da greve dos motoristas de caminhão. A empresa só pretende retomar a produção no próximo dia 6, conforme informou ontem a sua assessoria de imprensa.


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