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EFEITOS
Cerca de 80% do Estado amanheceu desabastecido ontem e situação deve melhorar apenas em 2 dias
RJ concentra falta de combustíveis
da Sucursal do Rio
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O Rio de Janeiro é
o Estado com
maiores problemas
com a distribuição
de combustíveis devido à greve encerrada ontem.
Em São Paulo, postos da capital
chegaram a reduzir a cota de
combustível a ser vendida, mas
não chegou a haver desabastecimento generalizado. No interior,
houve falta principalmente no
Vale do Paraíba, mas a situação
estava sendo normalizada na noite de ontem.
O presidente do Sindicato do
Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo do
Estado do Rio, Ricardo Viana,
disse ontem que, com o fim da
greve dos caminhoneiros, o abastecimento no setor só começará a
se normalizar em dois dias.
Ontem, segundo ele, pelo menos 80% dos postos do Estado do
Rio de Janeiro (excluindo o município do Rio) amanheceram sem
algum tipo de combustível.
Na capital, o presidente do sindicato carioca dos postos, Odilon
Lacerda, avaliou em 25% o aumento de vendas na noite de anteontem, por causa da corrida aos
postos de motoristas preocupados com o desabastecimento.
Em Jacarepaguá (zona oeste),
houve falta generalizada de gasolina comum. Os postos que ainda
dispunham do produto aumentaram os preços em média de R$
0,95 o litro para R$ 1,25.
Na manhã de ontem, uma liminar da 3ª Vara Cível de Duque de
Caxias (Baixada Fluminense) determinou que os caminhoneiros
liberassem a entrada e saída dos
veículos próprios das distribuidoras de combustíveis da Refinaria
Duque de Caxias -se necessário,
com uso da força policial.
A Polícia Militar do Rio optou
pela negociação com os grevistas,
e, no começo da tarde, foi anunciado um acordo que liberava
50% de todo o tráfego de caminhões-tanques, o que, na prática,
significava a liberação dos veículos das empresas.
Naquele momento, o desabastecimento de óleo diesel começava a se generalizar nas empresas
de ônibus da Baixada. A Viação
União, de Duque de Caxias, retirou de circulação 55% da frota
(110 carros) para poupar combustível.
"Aqui, todas as empresas estão
com problema", disse Geraldo
Pereira, gerente de Operações da
empresa. No meio da tarde, a
União recebeu uma carreta com
30 mil litros de diesel.
Empresas de transporte intermunicipal do Estado do Rio retiraram ontem de circulação, por
falta de óleo diesel, 200 ônibus
que faziam trajetos da Baixada
Fluminense para o município do
Rio.
SP
As distribuidoras de combustíveis da região de Campinas deixaram de transportar 132,2 milhões
de litros de produtos derivados de
petróleo nos três dias em que a
Replan (Refinaria do Planalto), de
Paulínia, foi atingida pelo bloqueio da SP-332.
No total, 69 milhões de litros de
diesel, 27 milhões de litros de óleo
combustível, 36,2 milhões de litros de gasolina e 482 mil botijões
de gás de cozinha deixaram de ser
entregues.
Na Revap (Refinaria Henrique
Lage), em São José dos Campos,
80% dos produtos deixaram de
ser distribuídos durante o movimento dos caminhoneiros.
Com o fim do protesto dos caminhoneiros, as distribuidoras da
região de Campinas calculam que
a quantidade estocada deve ser
totalmente entregue aos postos
hoje.
A Revap registrou no final da
tarde de ontem uma pequena elevação no movimento de caminhões-tanque para serem abastecidos no local, mas não divulgou a
quantidade de produtos que deixou de ser entregue durante a paralisação dos caminhoneiros.
Até então, a estimativa era que
apenas cerca de 20% dos 400 veículos que normalmente se abastecem na refinaria por dia tenham
sido atendidos.
Segundo a assessoria da Petrobras, não foram registrados problemas nas refinarias do país.
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