da Reportagem Local

Os consumidores brasileiros estão deixando de contar com duas das mais tradicionais redes de lojas do país: ontem foi decretada a falência do Mappin Lojas de Departamento e anunciado o encerramento das atividades da Lojas Brasileiras até o final de agosto.
A falência do Mappin foi decretada pelo juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, que, em sua sentença, afirmou que tinha recebido mais de 300 pedidos de falência.
A falência é retroativa a janeiro. A retroatividade colocou dúvidas sobre a única solução parcial que havia sido acertada até agora, com o arrendamento de duas lojas ao Pão de Açúcar.
Em nota distribuída, o Pão de Açúcar informa que a falência "não implica necessariamente a anulação do contrato de arrendamento das lojas da praça Ramos e Itaim". Segundo a empresa, seria possível manter o negócio porque não houve alienação (venda) de bens -os dois pontos não eram propriedade do Mappin.
A Folha tentou contatar o empresário Ricardo Mansur, controlador do Mappin, por meio de seu escritório em São Paulo, mas não obteve resposta. Em junho, Mansur anunciou que transferiria suas ações para os funcionários da rede, mas a operação não foi feita. Ele está afastado da empresa há cerca de 90 dias. A gestão está a cargo de José Paulo Amaral, que não quis comentar o assunto.
Hoje, às 14h, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo fará um ato na praça Ramos (centro da cidade) para reunir os funcionários do Mappin. Segundo o sindicalista Ricardo Patah, a intenção é levar os funcionários até o juiz Giffoni Ferreira e convencê-lo a permitir que as lojas funcionem sob o comando de outras empresas interessadas no negócio.


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