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Fernández manterá restrições a têxteis
de Nova York
Autor da resolução comercial
que causou um atrito diplomático
no Mercosul, o ministro de Economia argentino, Roque Fernández, disse ontem à Folha que a
polêmica sobre as restrições comerciais impostas pelo seu país
contra produtos dos demais
membros do Mercosul tem duas
motivações e que cada uma delas
deve ser vista e resolvida de uma
maneira diferente.
Segundo Fernández, as restrições contra cinco tipos de tecidos
de algodão brasileiros, anunciadas há duas semanas, são distintas da resolução assinada por ele
há uma semana, permitindo a
adoção generalizada de salvaguardas (proteções temporárias)
contra a importação de qualquer
produto que ameace a indústria
argentina.
Fernández disse que as restrições aos têxteis foram baseadas
em regras da OMC (Organização
Mundial do Comércio), são previstas como exceção às regras gerais do Mercosul e serão mantidas
pela Argentina.
Segundo ele, divergências resultantes desse ponto só serão resolvidas por meio de um mecanismo
de solução de controvérsias e não
haverá recuo argentino. "Isso deverá ser resolvido por meio de um
processo de resolução legal, de arbitragem. Alguém vai ter que resolver isso."
Quanto à outra medida, assinada há sete dias e que permite a
adoção generalizada de salvaguardas, ele foi mais delicado.
Afirmou que trata-se de um tema complexo, que ainda não
trouxe nenhum prejuízo aos brasileiros e que provavelmente será
resolvido por meio de diálogo.
"Essa é outra controvérsia. Por
enquanto, trata-se de uma resolução teórica, não tomamos nenhuma medida ainda", afirmou.
(MA)
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