|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PECUÁRIA
Apenas 3,3% do dinheiro do programa havia sido liberado; ministério afirma que usou outra fonte de recursos
Verba para combater a aftosa não teria sido liberada
MARTA SALOMON
SECRETÁRIA DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Agricultura havia liberado até o início da crise da
febre aftosa apenas 3,33% da verba prevista no Orçamento deste
ano para combater a doença.
Dos R$ 15,9 milhões de gastos
autorizados pela lei orçamentária,
foram liberados R$ 512 mil até 18
de agosto, segundo pesquisa no
Siafi (sistema de acompanhamento de gastos federais).
Mas, segundo o ministério, não
falta dinheiro para combater a aftosa, cuja incidência já impôs o
sacrifício de mais de 400 bois no
Rio Grande do Sul.
Nota divulgada ontem pelo Ministério da Agricultura aponta
cinco novos focos de febre aftosa
no Rio Grande do Sul, além dos
cinco já identificados nos últimos
dias. Além dos casos no município de Jóia, foi registrada contaminação em Eugênio de Castro. A
informação foi divulgada depois
de reunião do ministro Marcus
Pratini de Moraes (Agricultura)
com secretários estaduais da
Agricultura e pecuaristas.
Segundo o governo, o dinheiro
para o combate à aftosa estaria
sendo liberado por meio de outro
programa do Orçamento, batizado de ""implantação de sistema
unificado de apoio à sanidade
agropecuária em instâncias intermediárias".
O secretário-executivo da Agricultura, Márcio Fortes de Almeida, disse que foram assinados em
junho convênios com 20 Estados
no valor de R$ 17,2 milhões.
A lista não inclui o Rio Grande
do Sul, onde foram registrados
casos de aftosa. O motivo, segundo ele, é que o Estado ainda não
prestou contas de todo o dinheiro
repassado pelo governo em 99.
""Há dinheiro disponível, e os
Estados estão gastando por conta", disse Almeida, referindo-se às
restrições para repasse de dinheiro em época de campanha eleitoral. ""Outros convênios ainda vão
ser assinados", afirmou.
Pesquisa no Siafi, feita pelo gabinete do deputado Agnelo Queiroz (PC do B-DF) indica, no entanto, que, desse segundo programa, foram liberados até 18 de
agosto apenas R$ 2,8 milhões,
equivalentes a 5,24% do total.
Texto Anterior: 36% dos postos do país têm lucro acima do previsto, segundo ANP Próximo Texto: Crise faz gaúchos acusarem MS Índice
|