São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 2002

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Argentina ainda tem fé em acordo com FMI

DE BUENOS AIRES

O governo argentino voltou a acreditar que o acordo negociado há oito meses com o FMI (Fundo Monetário Internacional) está muito próximo de ser fechado após o diretor do organismo para a América Latina, Anoop Singh, afirmar que haverá uma ajuda "vigorosa" ao país.
Durante a reunião anual do FMI, em Washington, Singh disse, anteontem, que a Argentina teria um "acordo de transição", que valeria por até 12 meses e poderia ser ampliado em negociações que seriam levadas adiante pelo próximo governo.
Ainda que Singh não tenha estabelecido um prazo (e tenha deixado claro que há condições que ainda devem ser cumpridas para o fechamento do acordo), o governo interpretou as afirmações como um sinal de que a conclusão das negociações está próxima.

Sem detalhes
O chefe de gabinete, Alfredo Atanasof, que há quatro dias havia dito que "os argentinos estão cansados do blá, blá, blá" do FMI, afirmou ontem que o acordo está "a ponto" de ser fechado. Mais prudente, o ministro Roberto Lavagna (Economia) disse, por meio de assessores, que não teria como antecipar detalhes de um acordo cujas negociações não foram concluídas.
No entanto, Lavagna, que levou a Washington uma lista de avanços alcançados pela Argentina nos últimos meses, afirmou que as conversas com diretores do organismo "estiveram caracterizadas por divergências" mas "se orientavam agora para uma convergência".
Hoje, o ministro deve se reunir com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O'Neill, e com o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler. (JS)


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