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Argentina ainda tem fé em acordo com FMI
DE BUENOS AIRES
O governo argentino voltou a
acreditar que o acordo negociado
há oito meses com o FMI (Fundo
Monetário Internacional) está
muito próximo de ser fechado
após o diretor do organismo para
a América Latina, Anoop Singh,
afirmar que haverá uma ajuda
"vigorosa" ao país.
Durante a reunião anual do
FMI, em Washington, Singh disse, anteontem, que a Argentina teria um "acordo de transição", que
valeria por até 12 meses e poderia
ser ampliado em negociações que
seriam levadas adiante pelo próximo governo.
Ainda que Singh não tenha estabelecido um prazo (e tenha deixado claro que há condições que
ainda devem ser cumpridas para
o fechamento do acordo), o governo interpretou as afirmações
como um sinal de que a conclusão
das negociações está próxima.
Sem detalhes
O chefe de gabinete, Alfredo
Atanasof, que há quatro dias havia dito que "os argentinos estão
cansados do blá, blá, blá" do FMI,
afirmou ontem que o acordo está
"a ponto" de ser fechado. Mais
prudente, o ministro Roberto Lavagna (Economia) disse, por
meio de assessores, que não teria
como antecipar detalhes de um
acordo cujas negociações não foram concluídas.
No entanto, Lavagna, que levou
a Washington uma lista de avanços alcançados pela Argentina
nos últimos meses, afirmou que
as conversas com diretores do organismo "estiveram caracterizadas por divergências" mas "se
orientavam agora para uma convergência".
Hoje, o ministro deve se reunir
com o secretário do Tesouro dos
Estados Unidos, Paul O'Neill, e
com o diretor-gerente do FMI,
Horst Köhler.
(JS)
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