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Mercado reduz projeção
do PIB pela 8ª semana
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa feita pelo Banco Central com bancos e consultorias, a
previsão de crescimento feita pelo
mercado financeiro caiu pela oitava semana consecutiva. Antes
de chegar à previsão de 0,73%, o
mercado esperava um crescimento de 0,83% neste ano.
A estimativa para 2004 é uma alta de 3,1% no PIB, pouco abaixo
da previsão oficial de 3,5%. Os números foram divulgados ontem,
dentro do boletim "Focus".
Em janeiro, a projeção do mercado para o crescimento deste
ano chegou a 2%. De lá para cá, os
aumentos nas taxas de juros fizeram com que as estimativas fossem revistas.
No primeiro semestre, a taxa Selic -que serve de referência para
as demais taxas praticadas no
mercado- chegou a 26,5% ao
ano. Depois de algumas quedas,
ela chegou a 20% ao ano neste
mês. A elevação da taxa foi uma
das armas utilizadas pelo Banco
Central para tentar conter a inflação, que iniciou o ano em alta. O
BC ainda adotou outras medidas
restritivas, como a elevação do depósito compulsório (dinheiro que
os bancos precisam recolher ao
BC). A consequência foi uma queda geral da economia. Nos dois
primeiros trimestres deste ano, o
PIB caiu (sempre em comparação
com os três meses imediatamente
anteriores), acenando recessão.
Novo corte
Segundo a pesquisa do BC, a expectativa dos cem bancos e empresas de consultoria consultados
é que a taxa Selic seja reduzida em
mais um ponto percentual na
próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do
BC), marcada para os dias 21 e 22
de outubro. Até o final do ano, diz
o levantamento, os juros devem
cair para 17,5% ao ano.
Em relação às projeções para a
inflação, ocorreram poucas mudanças. A estimativa para a alta
do IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo) passou de
9,59% para 9,65%.
Para o IPC da Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas), que mede a inflação em São
Paulo, projeta-se um aumento de
8,48%, contra 8,32% da semana
passada.
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