São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministra promete leilão para novembro

DA SUCURSAL DO RIO

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou que o governo trabalha com a data de 30 de novembro para o primeiro leilão de energia velha, não contratada pelas distribuidoras. Serão licitados 55 mil MW de energia.
Até lá, prevê ela, será resolvido o impasse sobre o índice de inflação que irá reajustar os contratos de fornecimento de energia das geradoras às distribuidoras.
A ministra defende que o indicador seja o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ao contrário das empresas, que preferem o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado).
Para Dilma, se optar pelo IGP-M, o governo estará "transferindo renda" dos consumidores para as companhias. Pois o índice é sensível às variações do dólar e, por isso, fica acima do IPCA.
Ela diz que a maioria dos financiamentos do setor é do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Tais recursos, afirma a ministra, não são corrigidos pelo dólar, portanto não há necessidade de usar o IGP-M.
Dilma disse que no primeiro trimestre de 2005 será realizado o primeiro leilão de energia nova -ou seja, concessão de usinas que ainda serão instaladas. Serão ofertados 13,6 mil MW.
Em mais uma tentativa para pressionar os órgãos ambientais, Dilma advertiu que pode faltar energia se a expansão do setor e a questão ambiental "não forem pensadas de forma conjunta".
O maior problema é a usina de Estreito, em Tocantins, que representa 32% da energia a ser gerada pelas 22 usinas sem licença. O Ibama ainda não concedeu a autorização para a usina.


Texto Anterior: Energia: Dilma nega aval de Lula para reajuste
Próximo Texto: Cenário global: Brasil cresce menos que o mundo, prevê FMI
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.