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Bolsas dos EUA têm trimestre de fortes ganhos
Índices caíram ontem com possibilidade de alta no juro
DA REDAÇÃO
As Bolsas dos Estados Unidos caíram ontem após o presidente regional do Fed (Federal
Reserve, o banco central dos
EUA) de Saint Louis, William
Poole, dizer que o órgão continuaria monitorando os dados
econômicos para decidir se seriam necessárias novas altas na
taxa de juros do país.
O mercado, porém, esperava
que o processo de elevação dos
juros tivesse acabado. Os EUA
começaram a subir os juros em
junho de 2004, e a taxa está hoje em 5,25% ao ano.
No entanto o sentimento de
que a economia dos EUA deve
ter um "pouso suave" -uma
desaceleração gradual e controlada- fez com que o principal índice da Bolsa de Nova
York, o Dow Jones, tivesse um
trimestre forte. O índice registrou ganhos de 4,74% de julho a
setembro.
Ontem, o Dow Jones fechou
a 11.679,07 pontos, em queda
de 0,34%. Já a Bolsa eletrônica
Nasdaq caiu 0,51%.
Conjuntura
Dados econômicos divulgados ontem nos EUA mostraram
situação mista. Por um lado, o
núcleo do índice de preços ao
consumidor dos EUA (que exclui energia e alimentos, mais
voláteis) subiu só 0,2% em
agosto em relação a julho.
Na comparação com agosto
de 2005, no entanto, o núcleo
da inflação registrou alta de
2,5%, índice mais alto desde
abril de 2005 e acima do limite
de 2% considerado aceitável
pelo Fed.
"Parece que o pior das notícias de inflação já passou, mas
sempre há a possibilidade de
surpresas", disse Poole.
Otimismo
Por outro lado, a queda nos
preços dos combustíveis fez
com que aumentasse a confiança dos consumidores. O índice
de confiança dos consumidores
da Universidade de Michigan
ficou em 85,4 pontos em setembro, o mais alto desde abril.
Não se sabe, porém, se o otimismo captado na pesquisa da
Universidade de Michigan se
traduzirá em gastos maiores
-em agosto, os gastos dos consumidores tiveram queda real
(descontada a inflação) de
0,1%, a primeira baixa desde setembro de 2005.
Já os salários e a renda subiram 0,1% em agosto, de acordo
com dados divulgados ontem.
"Parece que o gasto dos consumidores está caindo, mas
provavelmente ficará um pouco melhor de agora até o final
do ano, por causa da queda no
preço da gasolina", disse Mark
Vitner, economista do Wachovia Securities.
Com agências internacionais
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