São Paulo, sábado, 30 de setembro de 2006

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Bolsas dos EUA têm trimestre de fortes ganhos

Índices caíram ontem com possibilidade de alta no juro

DA REDAÇÃO

As Bolsas dos Estados Unidos caíram ontem após o presidente regional do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) de Saint Louis, William Poole, dizer que o órgão continuaria monitorando os dados econômicos para decidir se seriam necessárias novas altas na taxa de juros do país.
O mercado, porém, esperava que o processo de elevação dos juros tivesse acabado. Os EUA começaram a subir os juros em junho de 2004, e a taxa está hoje em 5,25% ao ano.
No entanto o sentimento de que a economia dos EUA deve ter um "pouso suave" -uma desaceleração gradual e controlada- fez com que o principal índice da Bolsa de Nova York, o Dow Jones, tivesse um trimestre forte. O índice registrou ganhos de 4,74% de julho a setembro.
Ontem, o Dow Jones fechou a 11.679,07 pontos, em queda de 0,34%. Já a Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 0,51%.

Conjuntura
Dados econômicos divulgados ontem nos EUA mostraram situação mista. Por um lado, o núcleo do índice de preços ao consumidor dos EUA (que exclui energia e alimentos, mais voláteis) subiu só 0,2% em agosto em relação a julho.
Na comparação com agosto de 2005, no entanto, o núcleo da inflação registrou alta de 2,5%, índice mais alto desde abril de 2005 e acima do limite de 2% considerado aceitável pelo Fed.
"Parece que o pior das notícias de inflação já passou, mas sempre há a possibilidade de surpresas", disse Poole.

Otimismo
Por outro lado, a queda nos preços dos combustíveis fez com que aumentasse a confiança dos consumidores. O índice de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan ficou em 85,4 pontos em setembro, o mais alto desde abril.
Não se sabe, porém, se o otimismo captado na pesquisa da Universidade de Michigan se traduzirá em gastos maiores -em agosto, os gastos dos consumidores tiveram queda real (descontada a inflação) de 0,1%, a primeira baixa desde setembro de 2005.
Já os salários e a renda subiram 0,1% em agosto, de acordo com dados divulgados ontem.
"Parece que o gasto dos consumidores está caindo, mas provavelmente ficará um pouco melhor de agora até o final do ano, por causa da queda no preço da gasolina", disse Mark Vitner, economista do Wachovia Securities.


Com agências internacionais

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