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Mar del Plata reforça segurança para evento
DE BUENOS AIRES
A presença do presidente americano George Bush e de outros 30
chefes de Estado na Cúpula das
Américas levou o governo argentino a armar na cidade litorânea
de Mar del Plata um dos maiores
operativos de segurança da história do país vizinho. O encontro
ocorre nesta semana.
A estimativa é que mais de 7.000
homens da polícia argentina estarão na cidade durante os dias da
cúpula. De acordo com a coordenação de segurança da cúpula,
outros 420 homens de segurança
de Bush inscritos no evento devem estar em Mar del Plata durante o encontro acompanhando
o chefe de Estado.
Foram estabelecidos três anéis
de segurança, que serão protegidos por diferentes forças policiais.
A zona da área dos hotéis onde
se reunirão os dirigentes dos países será protegida pela Polícia Federal, e os outros dois, mais distantes, pela polícia da Província
de Buenos Aires e pela Gendarmeria, uma força policial do país
que faz a segurança nas fronteiras.
Entre outras medidas de segurança, foi aprovado que, durante
os dias do encontro, o governo argentino poderá dar ordens para
abater aviões que cruzem a área
onde ocorre a cúpula sem se identificar. Outra medida foi a proibição, nos dias 3 a 5 de novembro,
da navegação na costa de Mar del
Plata.
Além disso, a coordenação de
segurança delimitou uma área,
que sedia o encontro, na qual, para ingressar, todos os veículos serão checados por especialistas em
explosivos.
Nas últimas semanas, já começaram a chegar os efetivos de
Bush. Aviões do governo dos
EUA aterrissaram em Mar del
Plata na semana passada, trazendo armas e até a água que será
consumida pelo mandatário
americano.
Ameaças
Empresas americanas também
se preveniram contra possíveis
atentados. Dois bancos americanos, o BankBoston e o Citibank,
colocaram chapas de ferro em
suas entradas na cidade para se
prevenir de possíveis ataques. A
cadeia de lanchonetes McDonald's estaria pensando em fechar
as portas durante a cúpula.
Na semana passada, houve 15
ameaças de bombas em Mar del
Plata. Duas delas ocorreram em
unidades da rede de locadoras de
filmes Blockbuster. Além disso,
6.000 alunos de escolas da cidade
tiveram que ser retirados dos edifícios por causa de ameaças de
bombas.
Nos últimos meses, grupos antiamericanos da Argentina vêm
realizando atentados com bombas a empresas e bancos com sede
nos EUA. Em junho, a explosão
de três bombas de fabricação caseira danificou um caixa eletrônico do Citibank, uma loja da
Blockbuster e um McDonald's.
Os explosivos foram acompanhados de panfletos que expressavam repúdio ao "imperialismo
americano". Isso voltou a ocorrer
neste mês em Buenos Aires em
outra unidade da Blockbuster.
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