São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 2005

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PREÇOS

Taxa foi de 0,40% neste mês; no ano, deve ser a menor da história do índice

IGP-M recua em novembro, mas fica acima do esperado

JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) recuou para 0,40% neste mês -no anterior, o indicador havia registrado alta de 0,60%.
Apesar da desaceleração, o resultado ficou acima das previsões de analistas. Segundo o último Relatório de Mercado, organizado pelo Banco Central com instituições financeiras, a expectativa era que a taxa ficasse em 0,30%.
Segundo Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), o resultado acima das previsões refletiu um resíduo do aumento dos combustíveis e também dos produtos agrícolas.
"Esperávamos que a queda nos preços dos combustíveis fosse mais intensa, mas com o petróleo em queda não deve ocorrer nenhuma pressão para novos repasses", afirmou Quadros.
De acordo com os cálculos da FGV, o IGP-M, que corrige as tarifas de energia e a maioria dos contratos de aluguel, pode estar prestes a encerrar o ano com a menor taxa acumulada em sua história.
O menor índice até hoje é o de 1998, com 1,78%. Para obter a menor taxa acumulada desde o início da série, em 1989, o IGP-M de dezembro precisa ficar abaixo de 0,55%. Até novembro, o IGP-M acumula alta de 1,22%.
Os preços no atacado passaram de 0,72% em outubro para 0,40% neste mês com a desaceleração dos combustíveis e lubrificantes (de 7% para 1,62%). Os produtos acabados subiram 0,34% (0,80% em outubro), influenciados pela desaceleração dos combustíveis. Em compensação, os alimentos "in natura" tiveram alta de 1,50% (queda de 1,70% em outubro).


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