São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2006

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Copom domou inflação, mas não as críticas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quatro anos após a posse de Lula, o Copom conseguiu superar dois dos principais problemas que se colocavam no início do governo: a falta de confiança do mercado financeiro na seriedade de uma equipe econômica montada pelo PT e a disparada da inflação que havia sido herdada da crise enfrentada pelo país em 2002.
Por outro lado, a credibilidade e a estabilidade dos preços tiveram seu preço: as fortes críticas que o BC recebeu -e ainda recebe- sobre a demora em reduzir os juros.
De 2003 para cá, o Copom se reuniu 44 vezes. O único que participou de todos esses encontros foi o presidente do BC, Henrique Meirelles. Além dele, mais 18 diretores se revezaram nas outras oito cadeiras do comitê -desses, cinco haviam sido nomeados por FHC e foram sendo substituídos por Lula.
Normalmente, as decisões sobre a taxa Selic são tomadas por unanimidade. No governo Lula, só houve divergência em oito reuniões -o caso mais recente foi o de ontem, em que três dirigentes votaram por um corte de 0,25 ponto no juro.
Durante o governo Lula, duas mudanças foram introduzidas no Copom. A mais significativa foi a redução do número de reuniões realizadas a cada ano: desde janeiro, os encontros passaram a ocorrer de seis em seis semanas, e não a cada mês, como acontecia desde 1996.
Além disso, houve mudança na composição do Copom. O comitê, formado por diretores e presidente do BC, passou a ter nove membros em junho de 2005, quando a Diretoria de Estudos Especiais virou permanente.
Em outubro, porém, uma mesma pessoa passou a responder por duas diretorias distintas (de Administração e de Liquidações), e o Copom voltou a ter oito membros.


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