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Copom domou inflação, mas não as críticas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Quatro anos após a posse
de Lula, o Copom conseguiu
superar dois dos principais
problemas que se colocavam
no início do governo: a falta
de confiança do mercado financeiro na seriedade de
uma equipe econômica montada pelo PT e a disparada da
inflação que havia sido herdada da crise enfrentada pelo
país em 2002.
Por outro lado, a credibilidade e a estabilidade dos preços tiveram seu preço: as fortes críticas que o BC recebeu
-e ainda recebe- sobre a demora em reduzir os juros.
De 2003 para cá, o Copom
se reuniu 44 vezes. O único
que participou de todos esses
encontros foi o presidente do
BC, Henrique Meirelles.
Além dele, mais 18 diretores
se revezaram nas outras oito
cadeiras do comitê -desses,
cinco haviam sido nomeados
por FHC e foram sendo substituídos por Lula.
Normalmente, as decisões
sobre a taxa Selic são tomadas por unanimidade. No governo Lula, só houve divergência em oito reuniões -o
caso mais recente foi o de ontem, em que três dirigentes
votaram por um corte de
0,25 ponto no juro.
Durante o governo Lula,
duas mudanças foram introduzidas no Copom. A mais
significativa foi a redução do
número de reuniões realizadas a cada ano: desde janeiro,
os encontros passaram a
ocorrer de seis em seis semanas, e não a cada mês, como
acontecia desde 1996.
Além disso, houve mudança na composição do Copom.
O comitê, formado por diretores e presidente do BC,
passou a ter nove membros
em junho de 2005, quando a
Diretoria de Estudos Especiais virou permanente.
Em outubro, porém, uma
mesma pessoa passou a responder por duas diretorias
distintas (de Administração
e de Liquidações), e o Copom
voltou a ter oito membros.
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