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MEMÓRIA
Empresário era um dos maiores produtores mundiais de suco de laranja
Patriarca dos Cutrale morre aos 78
DA FOLHA RIBEIRÃO
O megaempresário do setor de
citricultura José Cutrale Júnior,
78, morreu no final da tarde de
ontem em Araraquara. Extra-oficialmente, Cutrale foi vítima de
um acidente vascular cerebral
(AVC) causado por leucemia.
Cutrale era o patriarca da família que empresta o nome a uma
das principais empresas de suco
de laranja do mundo, detentora
de 30% do mercado mundial.
Cutrale tinha a saúde debilitada
e estava internado numa UTI
(Unidade de Tratamento Intensivo) montada em sua própria casa,
num condomínio habitado por
executivos da empresa e chamado
Residencial Araraquara.
O empresário fazia tratamento
de saúde nos Estados Unidos e
voltou recentemente para o Brasil. A morte ocorreu por volta das
18h de ontem.
De acordo com o secretário de
Estado da Agricultura de São Paulo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, a morte de Cutrale é uma
perda grande para o setor, pelo fato de ele ser uma referência internacional na citricultura.
"Se pensarmos que três em cada
dez copos de suco de laranja produzidos no mundo saem dos pomares dele, no Brasil e na Flórida
[EUA], já dá para ter uma noção
da importância do José Cutrale. É
um produtor mundial", afirmou
o secretário à Folha. "Ele merece
muitas homenagens."
Luto oficial
A morte do empresário fez a
Prefeitura de Araraquara decretar
luto oficial de um dia. De acordo
com o prefeito Edinho Silva (PT),
"a perda dele é irreparável para a
cidade, porque a Cutrale é a maior
exportadora de suco do mundo e
a maior empregadora da cidade",
afirmou o petista.
O velório está previsto para hoje
às 9h30 no cemitério do Araçá,
em São Paulo. A missa e o sepultamento acontecem a partir das
10h30. Nenhum familiar quis falar
ontem com a reportagem.
Neste ano, a Cutrale -ao lado
da Citrosuco- participou da
compra da divisão de sucos da
americana Cargill, no valor de
US$ 500 milhões. A companhia
de Araraquara também faz parte
do grupo de 23 empresas que irão
bancar a restauração do Palácio
da Alvorada, avaliada em R$ 16
milhões.(MARCELO TOLEDO, ROGÉRIO PAGNAN E RICARDO GALLO)
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