São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

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MEMÓRIA

Empresário era um dos maiores produtores mundiais de suco de laranja

Patriarca dos Cutrale morre aos 78

DA FOLHA RIBEIRÃO

O megaempresário do setor de citricultura José Cutrale Júnior, 78, morreu no final da tarde de ontem em Araraquara. Extra-oficialmente, Cutrale foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) causado por leucemia.
Cutrale era o patriarca da família que empresta o nome a uma das principais empresas de suco de laranja do mundo, detentora de 30% do mercado mundial.
Cutrale tinha a saúde debilitada e estava internado numa UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) montada em sua própria casa, num condomínio habitado por executivos da empresa e chamado Residencial Araraquara.
O empresário fazia tratamento de saúde nos Estados Unidos e voltou recentemente para o Brasil. A morte ocorreu por volta das 18h de ontem.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura de São Paulo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, a morte de Cutrale é uma perda grande para o setor, pelo fato de ele ser uma referência internacional na citricultura.
"Se pensarmos que três em cada dez copos de suco de laranja produzidos no mundo saem dos pomares dele, no Brasil e na Flórida [EUA], já dá para ter uma noção da importância do José Cutrale. É um produtor mundial", afirmou o secretário à Folha. "Ele merece muitas homenagens."

Luto oficial
A morte do empresário fez a Prefeitura de Araraquara decretar luto oficial de um dia. De acordo com o prefeito Edinho Silva (PT), "a perda dele é irreparável para a cidade, porque a Cutrale é a maior exportadora de suco do mundo e a maior empregadora da cidade", afirmou o petista.
O velório está previsto para hoje às 9h30 no cemitério do Araçá, em São Paulo. A missa e o sepultamento acontecem a partir das 10h30. Nenhum familiar quis falar ontem com a reportagem.
Neste ano, a Cutrale -ao lado da Citrosuco- participou da compra da divisão de sucos da americana Cargill, no valor de US$ 500 milhões. A companhia de Araraquara também faz parte do grupo de 23 empresas que irão bancar a restauração do Palácio da Alvorada, avaliada em R$ 16 milhões.(MARCELO TOLEDO, ROGÉRIO PAGNAN E RICARDO GALLO)

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