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MEMÓRIA
Ex-presidente do Citi, Alcides Amaral morre aos 72 em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Ex-presidente do Citibank
no Brasil, Alcides Amaral
morreu ontem aos 72 anos
em São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, Amaral saltou
do 12º andar do prédio em
que morava, no Itaim (zona
sul), por volta das 7h20.
A polícia investiga as circunstâncias da morte, mas
relata que Amaral sofria de
depressão -ele chegou a se
afastar do Citi, em 1986, por
conta da doença. Segundo a
polícia, Amaral estava com a
mulher, Norma, que não
conseguiu dissuadi-lo.
Pessoas próximas dizem
que ele estava mais recluso
nos últimos meses, após uma
cirurgia na perna. Desde que
deixou o Citi, após a aposentadoria, em 2001, fazia trabalhos de consultoria e participava do conselho de empresas como Bic Banco, Tarpon
e da companhia de tecnologia Spread. Também tinha
um blog na internet.
"Ele estava bastante preocupado com a crise, mas não
parecia particularmente
abalado. Dizia que a crise
também trazia oportunidades", disse Arivaldo Araújo,
diretor-executivo da Spread.
Amaral se recusava a comentar a atual situação do
Citigroup, mas reafirmava
sua crença de que o banco
conseguiria "sair dessa".
Amigos não sabem se ele ainda tinha muitas ações do Citi,
recebidas como bônus.
Jornalista de formação,
Amaral permaneceu por 46
anos no Citi. Foi um dos
principais interlocutores na
renegociação da dívida brasileira, nos anos 90. Em 2001,
publicou o livro de memórias
"Os Limões da Minha Limonada". Crítico dos juros altos,
afirmava que o BC era "doente por juro elevado". Deixa
mulher e quatro filhos.
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