São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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MERCADO FINANCEIRO

Ação da AmBev dispara na Bovespa

da Reportagem Local

Um dia depois de o Cade ter aprovado a fusão entre Brahma e Antarctica, as ações da AmBev negociadas na Bovespa dispararam. Os papéis preferenciais subiram 14,28%.
Os 27 negócios envolvendo as ações da nova empresa movimentaram R$ 773,615 mil. Antes de a fusão ser aprovada pelo governo, essas transações dificilmente ultrapassavam os R$ 20 mil diários. No total, o giro financeiro na Bovespa foi de R$ 709,786 milhões.
Segundo Nicolas Balafas, do BNP, o resultado de ontem reflete a expectativa do mercado em relação a uma futura troca de ações da Brahma por papéis da AmBev.
"Até essa troca acontecer, elas (as ações) vão ter um comportamento semelhante", afirma. De acordo com Balafas, no momento em que essa troca ocorrer, uma ação da Brahma vai equivaler, aproximadamente, a uma ação da AmBev.
Por isso, as ações da AmBev registraram uma forte valorização ontem para corrigir a diferença de preço em relação aos papéis da Brahma.
O lote de mil ações preferenciais da Brahma fecharam a R$ 1.300 (baixa de 0,07%), e o da AmBev, a R$ 1.200. As ações da Antarctica não são mais negociadas, pois todas elas foram trocadas por ações da AmBev.
O co-presidente da AmBev, Victório De Marchi, disse ontem que, em 60 dias, deve estar concluído um processo nos Estados Unidos que permitirá que investidores que possuem ADRs da Brahma possam migrar para os papéis da Ambev.
Ao contrário da nova cervejaria, a Bolsa teve um dia de queda, com o Ibovespa registrando baixa de 2,25%.
Os negócios foram influenciados pela forte queda do Nasdaq, que reúne empresas de alta tecnologia. O índice norte-americano caiu 4,02%.
Para José Luís, da Isoldi Corretora, os investidores estão cautelosos, esperando para ver o que vai acontecer quando os recibos das teles -responsáveis por cerca de 50% dos negócios da Bolsa- deixarem de ser negociados, em maio.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)



Com o Folhanews


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