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MERCADO FINANCEIRO
Ação da AmBev dispara na Bovespa
da Reportagem Local
Um dia depois de o Cade ter
aprovado a fusão entre Brahma
e Antarctica, as ações da AmBev negociadas na Bovespa dispararam. Os papéis preferenciais subiram 14,28%.
Os 27 negócios envolvendo as
ações da nova empresa movimentaram R$ 773,615 mil. Antes de a fusão ser aprovada pelo
governo, essas transações dificilmente ultrapassavam os R$
20 mil diários. No total, o giro
financeiro na Bovespa foi de R$
709,786 milhões.
Segundo Nicolas Balafas, do
BNP, o resultado de ontem reflete a expectativa do mercado
em relação a uma futura troca
de ações da Brahma por papéis
da AmBev.
"Até essa troca acontecer,
elas (as ações) vão ter um comportamento semelhante", afirma. De acordo com Balafas, no
momento em que essa troca
ocorrer, uma ação da Brahma
vai equivaler, aproximadamente, a uma ação da AmBev.
Por isso, as ações da AmBev
registraram uma forte valorização ontem para corrigir a diferença de preço em relação aos
papéis da Brahma.
O lote de mil ações preferenciais da Brahma fecharam a R$
1.300 (baixa de 0,07%), e o da
AmBev, a R$ 1.200. As ações da
Antarctica não são mais negociadas, pois todas elas foram
trocadas por ações da AmBev.
O co-presidente da AmBev,
Victório De Marchi, disse ontem que, em 60 dias, deve estar
concluído um processo nos Estados Unidos que permitirá que
investidores que possuem
ADRs da Brahma possam migrar para os papéis da Ambev.
Ao contrário da nova cervejaria, a Bolsa teve um dia de queda, com o Ibovespa registrando
baixa de 2,25%.
Os negócios foram influenciados pela forte queda do Nasdaq,
que reúne empresas de alta tecnologia. O índice norte-americano caiu 4,02%.
Para José Luís, da Isoldi Corretora, os investidores estão
cautelosos, esperando para ver
o que vai acontecer quando os
recibos das teles -responsáveis por cerca de 50% dos negócios da Bolsa- deixarem de ser
negociados, em maio.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
Com o Folhanews
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