DA FOLHA ONLINE

As indústrias de massa e panificação estão em estado de alerta e já preparam reajustes de preços. O presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Roland Guth, disse que os moinhos precisam aplicar um reajuste médio no preço da farinha para enfrentar a pressão da alta do dólar.
"O trigo, que é cotado em dólar, representa 80% do custo da farinha. Os moinhos não têm mais como segurar os preços", diz.
Segundo ele, a defasagem média de preços nas empresas do setor chega a 20%.
Guth disse que o aumento de 20% na saca da farinha, vendida hoje por R$ 50 em média, vai pressionar os custos de todos os produtos que a utilizam para a fabricação de outros alimentos, como pão francês, massas, biscoitos e pão de fôrma. "O aumento que cada um desses setores aplicará dependerá do peso da farinha sobre o preço final do produto. Não será um reajuste linear."
No caso do pão francês, a variação do dólar tem grande influência no preço final ao consumidor, pois a farinha representa 60% de seu custo de fabricação. Como o Brasil importa 85% do trigo, a alta do dólar causa aumento grande.



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