São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Nova alta do boi O preço da arroba do boi gordo subiu de R$ 46 para R$ 47 ontem no Estado de São Paulo. Segundo a consultoria FNP, além da fraca oferta que já vinha pressionando o mercado, agora, com a alta do dólar, o pecuarista está segurando ainda mais as vendas, temendo uma instabilidade econômica maior. Neste mês, a arroba do boi acumula alta de 8%. Na comparação com o mesmo período de 2001, quando a arroba estava em R$ 43,50, o aumento acumulado é de 9,3%. Queda de consumo Alguns frigoríficos, com escalas mais flexíveis, não estão efetuando compras. Eles pretendem travar uma queda-de-braço com o pecuarista à espera de que o preço baixe. Para a FNP, o único fator que poderá influenciar na queda do preço é a redução do consumo, que provavelmente ocorrerá quando esse reajuste chegar ao bolso do consumidor e este migrar para outro tipo de carne, como a de frango ou a suína. Explosão do dólar... A disparada do câmbio no Brasil está inviabilizando os negócios de arroz que estavam sendo fechados entre os vendedores da Argentina e do Uruguai com as indústrias brasileiras, segundo informações da consultoria Brandalizze. ...compromete importação Se a trajetória de alta do dólar continuar, as importações de arroz devem ficar comprometidas. Segundo a Brandalizze, cerca de 350 mil toneladas do produto que ainda existem para ser negociadas com importadores brasileiros ficarão encalhadas na Argentina e no Uruguai. Aumentam negócios de CPR Os negócios feitos com a Cédula do Produtor Rural (CPR) ultrapassaram os R$ 500 milhões neste ano, com aumento de 50% em relação ao mesmo período de 2001. A expectativa do Banco do Brasil é atingir R$ 1 bilhão até dezembro. Os Estados que mais utilizaram a CPR avalizada pelo Banco do Brasil foram Minas Gerais, com R$ 122,9 milhões, Mato Grosso, com R$ 66,8 milhões, e Paraná, com R$ 62,8 milhões. Venda futura A CPR é um documento emitido pelo produtor ou cooperativa, avalizado por uma instituição financeira, que garante a venda de determinado produto para entrega futura. Com esse mecanismo, o agricultor pode vender antecipadamente parte de sua safra para financiar os custos de produção. Outra modalidade de CPR que está crescendo no mercado é o "carregamento de CPR", onde o Banco do Brasil financia a compra do título pela indústria a juros de 8,75% ao ano. Trégua no feijão A pressão de alta dos preços do feijão diminuiu. A saca de 60 quilos está sendo comercializada, em média, a R$ 78 no Estado de São Paulo, com queda de 11% em relação ao preço que era praticado uma semana atrás. Mais oferta O que ocasionou a queda do preço do feijão foi um pequeno aumento da oferta, com mercadoria proveniente dos Estados de Goiás e Minas Gerais e da cidade de Guaíra, no norte do Estado de São Paulo. E-mail: akianek@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa sobe pelo segundo dia consecutivo Próximo Texto: Consumo: Faturamento do comércio em SP cai 9,68% Índice |
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