|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil encerra troca de títulos e reforça reservas com US$ 613 mi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O BC encerrou ontem uma operação de troca de títulos da dívida
externa iniciada na sexta-feira. Na
operação, o Brasil trocou US$ 1,3
bilhão em "bradies" que vencem
em 2024 por US$ 377 milhões em
títulos que vencem em 2011 e outros US$ 833 milhões com vencimento também em 2024.
Além da troca, o BC também fez
uma emissão simples de US$ 123
milhões em títulos que vencem
em 2011. Pelos títulos, o Brasil pagará juros de 11,875% ao ano.
A intenção era trocar três tipos
de papel: Par Bonds, Discount
Bonds e C-Bonds. Mas a troca foi
feita só com os dois primeiros, já
que não houve interesse do mercado em fazer a substituição dos
C-Bonds -um dos títulos mais
negociados no exterior- nos termos propostos pelo governo.
A transação deve render US$
490 milhões ao país, graças à liberação de garantias ocorrida após a
troca -um dos principais objetivos da transação. Após a moratória da dívida externa ocorrida nos
anos 80, muitos credores só aceitaram comprar papéis brasileiros
(os "bradies") se o governo apresentasse alguma garantia de que
iria honrar seus compromissos.
Para isso, o Brasil entregou títulos emitidos pelo Tesouro norte-americano como garantia para alguns dos "bradies".
Como o Brasil trocou parte dos
"bradies" por novos títulos que
não possuem garantias, poderá
retomar uma parcela dos papéis
norte-americanos que estavam
retidos. Esse dinheiro, somado
aos US$ 123 milhões do empréstimo obtidos com a emissão simples de títulos, irá reforçar as reservas internacionais do país.
Após o anúncio do resultado, o
BC informou que a troca dos C-Bonds não era prioridade, por
não possuir garantias.
Texto Anterior: Contas públicas: Ministérios gastam mais, e desempenho fiscal piora Próximo Texto: Mea-culpa: Após críticas, FMI já admite rever critérios Índice
|