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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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Brasil encerra troca de títulos e reforça reservas com US$ 613 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O BC encerrou ontem uma operação de troca de títulos da dívida externa iniciada na sexta-feira. Na operação, o Brasil trocou US$ 1,3 bilhão em "bradies" que vencem em 2024 por US$ 377 milhões em títulos que vencem em 2011 e outros US$ 833 milhões com vencimento também em 2024.
Além da troca, o BC também fez uma emissão simples de US$ 123 milhões em títulos que vencem em 2011. Pelos títulos, o Brasil pagará juros de 11,875% ao ano.
A intenção era trocar três tipos de papel: Par Bonds, Discount Bonds e C-Bonds. Mas a troca foi feita só com os dois primeiros, já que não houve interesse do mercado em fazer a substituição dos C-Bonds -um dos títulos mais negociados no exterior- nos termos propostos pelo governo.
A transação deve render US$ 490 milhões ao país, graças à liberação de garantias ocorrida após a troca -um dos principais objetivos da transação. Após a moratória da dívida externa ocorrida nos anos 80, muitos credores só aceitaram comprar papéis brasileiros (os "bradies") se o governo apresentasse alguma garantia de que iria honrar seus compromissos.
Para isso, o Brasil entregou títulos emitidos pelo Tesouro norte-americano como garantia para alguns dos "bradies".
Como o Brasil trocou parte dos "bradies" por novos títulos que não possuem garantias, poderá retomar uma parcela dos papéis norte-americanos que estavam retidos. Esse dinheiro, somado aos US$ 123 milhões do empréstimo obtidos com a emissão simples de títulos, irá reforçar as reservas internacionais do país.
Após o anúncio do resultado, o BC informou que a troca dos C-Bonds não era prioridade, por não possuir garantias.


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