DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo sofreu seu sexto tombo seguido. Depois de encostar em seu maior nível em pontos no ano na semana passada, o mercado acionário paulista não pára de cair. Ontem a baixa da Bovespa ficou em 1,09%.
O péssimo desempenho das ações do setor elétrico prejudicou muito a Bolsa. O IEE -índice que acompanha as oscilações de preços de ações do setor- caiu 2,1%. Na semana, esse índice acumula perdas de 4,5%.
O Ibovespa -índice que segue a oscilação das 54 ações mais negociadas- fechou ontem com 13.474 pontos. A maior pontuação da Bolsa no ano foi de 13.982 pontos.
A baixa do mercado acionário norte-americano também não ajudou a Bolsa local.
A Nasdaq -Bolsa eletrônica das ações de alta tecnologia- caiu 0,60%. Na Bolsa de Nova York, o Dow Jones perdeu 0,05%.
A operação de troca de papéis da dívida externa brasileira não agradou muito ao mercado, ficando abaixo das expectativas.
Os C-Bonds -títulos da dívida brasileira de maior liquidez no mercado internacional-, que acabaram ficando de fora da operação, fecharam praticamente estáveis, vendidos a US$ 0,8663 no fim do dia.
"Foi uma surpresa os C-Bonds não entrarem na operação. Esperava que o negócio alcançasse cifras maiores. Muitos investidores andaram comprando papéis para entrar na operação de "swap" [troca] e devem ter se frustrado", afirma o diretor de mercados emergentes da corretora López Léon, Felipe Brandão.

Mercado fraco
A movimentação do pregão da Bolsa paulista ontem voltou a ser fraca, ficando nos R$ 543 milhões, cifra menor mesmo que o baixo giro diário da semana passada, de R$ 620 milhões.
Quem mais perdeu no pregão de ontem foram as ações com direito a voto (ON) da Tractebel, que despencaram 6,1%.
No setor elétrico, outras perdas fortes ficaram com o papel PNB da Eletrobras, com baixa de 3,6%, e as ações preferenciais da Cesp, que recuaram 3,2%.
Nas valorizações do dia, a liderança ficou com as ações preferenciais da Embratel Participações, que subiram 2,2%, seguidas pelo papel ON da Vale do Rio Doce, que fechou com 2% de alta.
(FABRICIO VIEIRA)


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