DA REDAÇÃO

A escalada do IGP-M preocupa os inquilinos com contrato de aluguel próximo do reajuste anual. A dica de especialistas do setor para quem vai renegociar o valor da locação é destacar os pontos positivos, como a pontualidade nos pagamentos do aluguel e do condomínio e a boa conservação do imóvel.
"São as grandes armas que o inquilino tem para que o proprietário do imóvel atenda o seu pleito [de aumento inferior ao do IGP-M do período]", comenta Flávio Prando, vice-presidente do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.
Pesquisa da entidade mostra que o aluguel residencial na capital, considerando os contratos vigentes, teve alta de 7,97% nos 12 meses terminados em junho, contra 13,44% do IGP-M. No entanto, Prando ressalta que a negociação deve ser mais complicada em áreas onde a demanda está mais aquecida, como é o caso de apartamentos de um e de dois quartos localizados no centro e nas zonas oeste e sul da capital.
José Roberto Graiche, presidente da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), lembra que a negociação também vai depender do tempo que o imóvel está locado ao mesmo inquilino pois o valor do aluguel pode estar defasado.
A favor do morador está o fato de que, enquanto o imóvel estiver desocupado, o proprietário tem que arcar com condomínio, IPTU e ainda pagar uma comissão ao corretor para achar outro inquilino. Considerando apenas contratos novos, o aluguel ficou 6,21% mais caro na cidade de São Paulo nos 12 meses terminados em junho, de acordo com a AABIC. (TR)


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