São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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Aperto fiscal cresce 20% e bate recorde até junho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para compensar o gasto recorde com juros, o aperto fiscal feito pelo setor público também bateu recorde no primeiro semestre. União, Estados, municípios e estatais economizaram R$ 86,116 bilhões entre janeiro e junho para pagar os encargos de suas dívidas. Foi o maior resultado registrado desde 1991, início da série histórica mantida pelo Banco Central.
O resultado é 20% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o superávit primário acumulado equivale a 4,27% do PIB (Produto Interno Bruto), praticamente em cima da meta de 4,3% fixada pelo governo para este ano.
O maior esforço fiscal veio nas contas do governo federal. No primeiro semestre do ano passado, a União respondeu por 62% do superávit primário total apurado no período. Neste ano, essa proporção subiu para 70%.
Para Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, o superávit primário recorde é conseqüência do elevado nível de arrecadação tributária observado nos últimos meses. "O resultado reflete o bom desempenho das receitas [do governo], que, por sua vez, acompanham a expansão do nível de atividade", afirma.
Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a contribuição de Estados e municípios para o superávit primário deve aumentar neste segundo semestre devido às restrições legais para gastos públicos antes das eleições.


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