São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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Banco central dos EUA prorroga ajuda a bancos

Medida já tinha sido sinalizada por Ben Bernanke

DA REDAÇÃO

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) prorrogou dois programas de empréstimos emergenciais a instituições financeiras até 30 de janeiro de 2009, "em vista da persistência das circunstâncias de fragilidade dos mercados financeiros". No início do mês, o presidente da entidade, Ben Bernanke, já havia sinalizado que a linha de crédito de emergência para bancos seria estendida até o ano que vem.
A nova medida é mais um sinal de que o banco central americano teme que a crise no setor financeiro continue no ano que vem. O principal programa prorrogado ontem, o que permite que os bancos de investimento peguem empréstimo na janela de redesconto (de curto prazo), foi iniciado em março, quando o Bear Stearns quase quebrou, e deveria durar até setembro.
Porém, o Fed deixou aberta a possibilidade de suspender a ajuda caso considere que "as condições nos mercados financeiros não estejam mais incomuns e exigentes". Em discurso no início deste mês, quando sinalizou a prorrogação do programa, Bernanke também falou em "incomuns e exigentes" circunstâncias nos mercados financeiros como o motivo para ampliar a ajuda.
Além disso, entre outras medidas, o banco central dos Estados Unidos vai dar início a leilões de opções de até US$ 50 bilhões por meio da TSLF (Linha de Crédito de Títulos a Termo, na sigla em inglês).

Setor imobiliário
Como já era esperado, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sancionou o pacote de socorro ao setor imobiliário, que inclui ajuda a proprietários e a Fannie Mae e Freddie Mac, as duas gigantes do setor de hipotecas.
Na semana passada, a Câmara dos Representantes aprovou o projeto depois que Bush retirou a ameaça de vetá-la e, dias depois, foi a vez de o Senado votar favoravelmente. A principal crítica do governo era a um programa que permite aos governos locais comprarem e reabilitarem propriedades cujas hipotecas foram executadas por falta de pagamento.
Além da ajuda às duas agências de garantias hipotecárias (que pode custar US$ 100 bilhões), a lei prevê itens como autorização para que o governo garanta até US$ 300 bilhões em hipotecas refinanciadas e redução fiscal para quem compra sua primeira residência.


Com a Bloomberg

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