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EXUBERÂNCIA
Medida, que prevê redução de US$ 729 bi em dez anos, deverá ser vetada pelo presidente Clinton
Senado dos EUA aprova corte de imposto
das agências internacionais
O Senado norte-americano
aprovou ontem o projeto de lei
que prevê um corte de US$ 792 bilhões nos impostos pelos próximos dez anos.
A medida foi aprovada por 57
votos a favor e 43 contra, apesar
da ameaça de veto feita pelo presidente Bill Clinton.
Na semana passada, o projeto
foi aprovado por 223 a 208 na Câmara dos Representantes (deputados).
O projeto, proposto pela maioria republicana, prevê a diminuição progressiva de 10% dos impostos nos próximos dez anos e a
concessão de uma série de benefícios fiscais a empresas.
A aprovação da medida pelas
duas Casas vai acirrar a disputa
entre o Executivo e o Legislativo
sobre a melhor maneira de utilizar o superávit orçamentário previsto em US$ 3 trilhões na próxima década.
Parte desse valor -US$ 2 trilhões- será utilizado para fortalecer a Seguridade Social. A briga
se concentra no US$ 1 trilhão ainda sem destinação.
Clinton quer utilizar esses recursos para pagar a dívida federal
norte-americana.
Os EUA devem registrar superávit orçamentário de US$ 142 bilhões no próximo ano fiscal, que
começa em 1º de outubro.
Para este ano, o superávit deve
chegar a US$ 99 bilhões, acima
dos US$ 79 bilhões previstos inicialmente.
A idéia de Clinton é, mantendo
esse resultado, pagar todos os papéis da dívida do país em 2015.
O presidente do Fed (o banco
central norte-americano) Alan
Greenspan, também é contra o
corte nos tributos.
Greenspan sustenta que o excedente de US$ 3 trilhões é apenas
uma "hipótese" e corre, assim,
risco de não vir a se concretizar.
Também para o presidente do
Fed, os excedentes previstos deveriam ser utilizados para honrar a
dívida dos EUA.
"Este é o momento ideal para
reduzir a dívida federal. Não consigo ver momento mais oportuno
para fazê-lo", disse Greenspan, no
depoimento ao Senado feito na
quarta-feira.
A economia norte-americana
está em seu nono ano de expansão -cresceu 43,% no primeiro
trimestre e mais 2,3% no segundo- e registrou seu primeiro superávit orçamentário, de US$ 70
bilhões, no ano passado, após três
décadas de déficits.
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