São Paulo, Sábado, 31 de Julho de 1999
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Bloco correu risco, diz Carvalho

da Sucursal do Rio

O ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio, Clóvis Carvalho, disse ontem que a resolução 911 do governo argentino, que daria base à imposição de salvaguardas contra os produtos dos outros países do Mercosul, "significaria a morte" do bloco.
Segundo Carvalho, se a Argentina não revogasse a resolução, o Brasil iria interromper qualquer discussão no âmbito do Mercosul. "O Brasil deu uma colaboração enorme para a formação do Mercosul. Não vamos tolerar que se destrua esse esforço, por causa de uma decisão unilateral."
Carvalho afirmou que a crise com a Argentina foi superada, mas acredita que o assunto voltará a ser discutido em reunião de representantes dos quatro países do bloco econômico, prevista para quarta-feira em Montevidéu.
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse que a reunião de anteontem entre os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Carlos Menem serviu para superar as divergências comerciais entre os dois países, "pelo menos no aspecto que mais incomodava ao Brasil".
Segundo Malan, a garantia dada por Menem de que a Argentina não vai impor salvaguardas comerciais elimina um obstáculo "incompatível com os tratados de Assunção e de Ouro Preto" (acordos básicos da criação do Mercosul).
De acordo com o ministro da Fazenda, o prazo para os países do Mercosul se utilizarem de salvaguardas protecionistas no comércio entre eles expirou em 1994.
Segundo Malan, "a construção do Mercosul é um processo e deve ser vista como tal".


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