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PREÇOS
Cana-de-açúcar, carne bovina e combustíveis elevam índice, o maior desde novembro; em julho, alta foi de 1,57%
IGP-M dispara e atinge 2,39% em agosto
ISABEL CLEMENTE
DA SUCURSAL DO RIO
Mais um índice de inflação confirma que a alta de preços em
agosto supera o esperado. O IGP-M (Índice Geral de Preços do
Mercado) registrou uma alta de
2,39%, contra 1,57% de julho e
1,56% de agosto do ano passado.
O resultado de agosto empata
com o de novembro último. O índice anterior mais alto havia sido
o de março do ano passado
-2,83%-, ainda sob forte impacto da desvalorização do real.
Dos três índices que compõem
o IGP-M, o IPA (Índice de Preços
por Atacado) foi, mais uma vez, o
vilão da história, com uma alta de
3,1%, pressionado pelos preços da
cana-de-açúcar, da carne bovina e
dos combustíveis.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 1,66%, variação também pressionada por
combustíveis, além de leite e passagens aéreas. Os dados foram divulgados ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
São itens isolados que estão determinando o aumento da inflação? Para o economista José Márcio Camargo, da Consultoria Tendências, ainda é cedo para diagnosticar se está havendo também
pressão da demanda. "Se existe,
ainda é pequena."
A questão é crucial porque é de
sua resposta que depende a política de juros do governo.
Camargo explica que o resultado da inflação de setembro será
fundamental para definir o quadro atual. Se houver uma queda
rápida no ritmo dos índices, a
probabilidade é que não haja
pressão da demanda. Se as taxas
resistirem ou mesmo subirem, será alto o indício de que há pressão
nos preços gerada pelo consumo.
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