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AVIAÇÃO
Países não chegam a acordo sobre forma de compensar retaliação
Brasil e Canadá vão se reunir em NY
DO FOLHANEWS
Brasil e Canadá não conseguiram fechar acordo sobre as formas de compensação da retaliação de US$ 1,4 bilhão aplicada em
favor do Canadá pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Representantes dos dois países estiveram reunidos anteontem e ontem em São Paulo, na sede do Banco Central.
O embaixador José Alfredo Graça Lima disse que um novo encontro de dois dias foi marcado
para setembro, em Nova York
(EUA). Ele lembrou que o Brasil
concordou em mudar a taxa de
equalização do Proex (Programa
de Estímulo às Exportações),
principal razão do protesto do
Canadá na OMC, devido às exportações da Embraer.
A nova taxa terá como referência a CIRR (Commerce Interest
Reference Rate), recomendada
pela OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), que hoje está em
torno de 6,5% ao ano.
O governo brasileiro não aceita
que o Canadá monitore os financiamentos que serão feitos pelo
novo Proex às empresas e não
concorda em suspender os contratos já firmados pela Embraer
para entrega de aviões, que têm
como base os juros do Proex.
Graça Lima reafirmou que o governo brasileiro dará prioridade
ao Canadá na compra de alguns
produtos para compensar a retaliação estabelecida pela OMC.
A medida, porém, terá de ser
aprovada pelo Congresso, já que a
Lei 8.666 estabelece que as compras do governo devem ser feitas
somente após licitação. Além disso, o Brasil continua oferecendo
ao Canadá a importação de produtos com alíquotas mais baixas.
A lista de produtos ainda não está
definida. Graça Lima disse que o
Brasil pretende oferecer vantagens no caso de produtos em que
o Canadá é competitivo ou também produtos necessários ao governo (remédios genéricos, vagões de metrô e jatos de combate
a incêndio, por exemplo).
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