São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2000


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RS deve abater todos os rebanhos, recomenda especialista da OIE

RONALDO SOARES
DE PARIS

Para garantir a recuperação do certificado internacional de região livre de febre aftosa, o Rio Grande do Sul teria de abater todos os animais considerados "sensíveis" à contaminação, o que inclui não só o gado bovino, mas também os rebanhos de ovinos, caprinos e suínos existentes nas áreas onde foram constatados novos focos da doença.
A afirmação é de Thierry Chillaud, chefe do Serviço de Informações e Trocas Internacionais da OIE (Organização Internacional de Epizootias), entidade que é a principal autoridade mundial em doenças de animais.
Na última sexta-feira, ao ser informada pelas autoridades brasileiras sobre o reaparecimento da doença no Rio Grande do Sul, a OIE suspendeu o certificado de zona livre de febre aftosa que concedera há dois anos ao Estado.
Chillaud diz que, para ter o certificado de volta, o "mais recomendável" é o Estado realizar o chamado abate sanitário, que prevê o sacrifício de "todos os animais sensíveis à contaminação pela febre aftosa", o que, segundo ele, inclui bovinos, ovinos, caprinos e suínos.
Ele explicou que a medida não é imposta pela OIE, mas que se trata do procedimento "mais recomendável" em casos de reaparecimento da aftosa.
Caso o Rio Grande do Sul não adote este procedimento, o Estado só conseguirá reaver o certificado se a OIE considerar "satisfatórias" as medidas tomadas para "acabar com a circulação do vírus".
Chillaud citou como exemplo o caso da Grécia, que optou pelo abate sanitário ao constatar recentemente o reaparecimento da febre aftosa, que estava erradicada do país desde 1996.
Desde então, o país já abateu cerca de 8 mil animais.


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