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RS deve abater todos os rebanhos, recomenda especialista da OIE
RONALDO SOARES
DE PARIS
Para garantir a recuperação do
certificado internacional de região livre de febre aftosa, o Rio
Grande do Sul teria de abater todos os animais considerados
"sensíveis" à contaminação, o que
inclui não só o gado bovino, mas
também os rebanhos de ovinos,
caprinos e suínos existentes nas
áreas onde foram constatados novos focos da doença.
A afirmação é de Thierry Chillaud, chefe do Serviço de Informações e Trocas Internacionais
da OIE (Organização Internacional de Epizootias), entidade que é
a principal autoridade mundial
em doenças de animais.
Na última sexta-feira, ao ser informada pelas autoridades brasileiras sobre o reaparecimento da
doença no Rio Grande do Sul, a
OIE suspendeu o certificado de
zona livre de febre aftosa que concedera há dois anos ao Estado.
Chillaud diz que, para ter o certificado de volta, o "mais recomendável" é o Estado realizar o
chamado abate sanitário, que prevê o sacrifício de "todos os animais sensíveis à contaminação
pela febre aftosa", o que, segundo
ele, inclui bovinos, ovinos, caprinos e suínos.
Ele explicou que a medida não é
imposta pela OIE, mas que se trata do procedimento "mais recomendável" em casos de reaparecimento da aftosa.
Caso o Rio Grande do Sul não
adote este procedimento, o Estado só conseguirá reaver o certificado se a OIE considerar "satisfatórias" as medidas tomadas para
"acabar com a circulação do vírus".
Chillaud citou como exemplo o
caso da Grécia, que optou pelo
abate sanitário ao constatar recentemente o reaparecimento da
febre aftosa, que estava erradicada do país desde 1996.
Desde então, o país já abateu
cerca de 8 mil animais.
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