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TELES
Batalha judicial envolve sócios
Anatel teme que CRT não tenha boa gestão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Renato Guerreiro, disse ontem que está preocupado com as
batalhas jurídicas entre os fundos
de pensão e o banco Opportunity,
que podem atrapalhar a gestão da
CRT (Companhia Riograndense
de Telecomunicações).
Guerreiro se reuniu com representantes dos fundos e do banco
na semana passada, em duas reuniões separadas. "Quero que eles
separem as batalhas judiciais da
administração da CRT", disse
Guerreiro.
Ontem, após batalha judicial
com o governo do Rio Grande do
Sul, a Anatel suspendeu a intervenção na CRT, que havia começado em junho. Com o fim da intervenção, o consórcio Brasil Telecom (formado pelo Opportunity, Telecom Italia e por fundos
de pensão) assumiu o controle da
empresa.
O consórcio comprou a participação da Telefônica na CRT, que
foi obrigada a vender suas ações
para se adequar às leis que definiram o sistema de privatização da
Telebrás.
As batalhas entre o Opportunity
e seus sócios no consórcio Brasil
Telecom têm esquentado recentemente, com acusações pesadas de
lado a lado que vieram à tona com
a divulgação de e-mails, trocados
entre os sócios, e atas de reuniões.
A batalha envolveu a liberação
de um empréstimo do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a
compra da CRT e o preço estabelecido para a venda das ações da
Telefônica na companhia gaúcha.
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