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MERCADO
Acaba autorização prévia
Diminui burocracia para empréstimos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As empresas privadas não precisarão mais pedir autorização
prévia para tomar empréstimos
ou vender títulos no exterior. Bastará declarar a operação ao Banco
Central até dez dias após a entrada dos recursos no país.
A medida foi aprovada ontem
pelo CMN (Conselho Monetário
Nacional) e faz parte do projeto
do BC para liberalizar o movimento de capitais estrangeiros no
país. Aos poucos, o governo vem
liberalizando o fluxo de capitais.
A mais importante medida entrou em vigor em dezembro de
1999, quando foram extintos os
prazos mínimos e máximos para
as captações no exterior, assim
como as regras que direcionavam
recursos para atividades como
agricultura e habitação.
Outra medida foi tomada há
cerca de um mês, com a implantação do registro instantâneo para
os investimentos diretos, que
também dispensa a autorização
prévia para esse tipo de capital. O
passo seguinte será a instalação,
até o final do ano, de um sistema
eletrônico para as captações.
Mesmo antes de o novo sistema
eletrônico ficar pronto, a mudança anunciada ontem já reduz significativamente a burocracia. A
aprovação das captações externas
demorava até 30 dias. Agora, a espera é zero, pois as empresas estarão apenas obrigadas a declarar as
captações.
O diretor de Assuntos Internacionais do BC, Daniel Gleizer, sustenta que o novo sistema não
abrirá o país à entrada indesejada
de capitais de curto prazo.
Segundo ele, continuará em vigor o sistema que tributa com o
IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras) as captações de menor prazo, desestimulando o ingresso de capitais especulativos.
Hoje, operações com vencimento
em 90 dias pagam alíquota de 5%.
"Se for necessário, podemos aumentar a alíquota", disse.
Ontem o CMN também revogou 237 normas antigas da área
cambial que não tinham mais
função e confundiam o mercado.
O CMN também concedeu ontem autorização para três instituições com participação de estrangeiros aumentarem sua presença
no sistema financeiro. As instituições foram o Banco BBA Creditanstalt, de capital austríaco, a
Portugal Telecom e o BCN, que é
controlado pelo Bradesco, mas
tem 1,81% de seu capital nas mãos
de estrangeiros.
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