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CONJUNTURA
Comparada com o mau resultado do fim de 2001, economia deve crescer
Efeito estatístico melhora número do PIB no fim do ano
DA SUCURSAL DO RIO
A estatística pode salvar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano.
De forma unânime, os economistas concordam que o período iniciado em julho e que termina no dia 30 de setembro é aquele no qual a chamada economia real
-a produção e comercialização de bens e a prestação de serviços- está sendo mais atingida
pela turbulência do mercado financeiro.
Pela ótica do cenário macroeconômico, Roberto Olinto, do IBGE,
avalia, mesmo sem fazer previsões, que o trimestre não é promissor. Mas, segundo o técnico, o
efeito estatístico pode salvar este
trimestre em termos de resultado
do PIB.
Como o terceiro trimestre de
2001, o primeiro integralmente vivido sob o racionamento de energia elétrica, foi muito ruim, com
queda de 0,38% em relação ao trimestre anterior e crescimento de
apenas 0,50% em comparação ao
mesmo período de 2000, Olinto
avalia que a base de comparação
deprimida possa contrabalançar
o cenário desfavorável.
Ele lembra também que este será o primeiro trimestre pós-racionamento que será comparado
com outro que foi integralmente
vivido sob o controle do consumo
de energia.
Revisão
Ao divulgar ontem os resultados do PIB no segundo trimestre,
o IBGE também reviu, de 1,34%
para 0,86%, o crescimento do PIB
do primeiro trimestre deste ano,
na comparação com o trimestre
imediatamente anterior. Segundo
Olinto, não foi constatado nenhum erro e a revisão é resultado
do modelo matemático aplicado
para eliminar os efeitos sazonais e
permitir a comparabilidade de
períodos diferentes.
Segundo ele, pelas características do modelo, a cada novo dado
que entre há alteração nos que estão mais próximos a ele, sem
comprometer a indicação de tendência, que é a finalidade principal do indicador.
Com a revisão, ficaram com desempenho negativo os três últimos trimestres de 2001. O 0,09% positivo do último trimestre virou 0,11% negativo.
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