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RETOMADA
Presidente diz que país voltará a ser a 8ª economia para "ver se os mais ricos vão diminuir o grupo dos privilegiados"
Lula faz críticas ao G8 por excluir o Brasil
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PIRACICABA
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva disse ontem em Piracicaba
(162 km a noroeste de São Paulo),
que o Brasil voltará a ser a sexta, a
sétima ou a oitava economia
mundial para "ver se os mais ricos
vão diminuir o grupo dos privilegiados". Disse também que o Brasil deixará de ser um país "eternamente em desenvolvimento".
"Este país já foi a oitava economia mundial. Quando éramos a
oitava economia mundial, não tinha o grupo dos oito. Era só o G7.
Quando nós caímos para décimo
lugar, aí criaram o G8, porque já
não era mais o Brasil. Possivelmente não coubesse um país latino-americano no grupo dos países mais ricos. Mas como nós somos brasileiros e não desistimos
nunca, este país ainda vai voltar a
ser a sétima, a sexta ou a oitava
economia do mundo para ver se
os mais ricos vão diminuir o grupo dos privilegiados", disse o presidente.
O G8 é formado pelas sete nações mais ricas do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha,
Reino Unido, França, Itália e Canadá) mais a Rússia, que participa
como membro permanente desde 1994.
O grupo costuma convidar líderes de outros países para suas cúpulas anuais. Em 2003, o encontro
ocorreu na França, e o Brasil foi
convidado, junto com outros países em desenvolvimento.
Na época, Lula disse que dificilmente os convidados da cúpula
na França estariam de fora do
próximo encontro do G8, ocorrido em junho deste ano nos Estados Unidos.
Mas o Brasil não foi convidado
pelo país anfitrião. O presidente
francês, Jacques Chirac, criticou a
ausência do Brasil na reunião nos
Estados Unidos.
Recurso para infra-estrutura
Lula foi a Piracicaba participar
da comemoração dos 50 anos da
Caterpillar e do lançamento de
um máquina agrícola com projeto totalmente brasileiro.
O presidente discursou para
uma platéia de cerca de 4.500 pessoas, entre funcionários e convidados.
Antes do discurso de Lula, o
presidente da Caterpillar, Steve
Wooning, ao discursar, disse que
o país está no rumo certo, mas
que precisa de investimentos na
infra-estrutura.
Lula afirmou que não faltará dinheiro do país para investimentos
em infra-estrutura. "Estou dizendo para a direção da Caterpillar,
que fiquem certos de uma coisa:
não haverá falta de dinheiro para
investimentos na infra-estrutura.
Há alguns anos não se esperava
que a economia brasileira voltasse
a crescer novamente, nem que
nossas exportações fossem dar o
salto de qualidade que deram nos
últimos 20 meses."
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