São Paulo, terça-feira, 31 de agosto de 2004

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Estado sozinho não dá conta do social, afirma presidente

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, ao discursar para empresários, que o "Estado sozinho não será capaz de resgatar a dívida social acumulada deste país".
Horas depois de propor um novo contrato social em reunião com empresários que participam do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, disse: "Ou encontramos um jeito de envolver o conjunto da sociedade brasileira como cúmplice de um boa política para encontrarmos uma saída ou o Estado sozinho não dá conta".
O chamado aconteceu ontem na cerimônia de premiação das "empresas mais admiradas no Brasil em 2004", em comemoração do aniversário da revista "Carta Capital", em São Paulo.
Após entregar o prêmio aos três primeiros colocados -Natura, Nestlé e Petrobras-, Lula voltou a criticar a imprensa brasileira. A crítica encerrou um discurso em que elogiou o diretor de Redação da "Carta Capital", Mino Carta. Lula acusou as empresas de jornalismo de investir no denuncismo de olho nas vendas.
"A "Carta Capital" faz a diferença. É uma boa política não ter uma preocupação eminentemente de mercado. É preciso pensar na qualidade da informação que o brasileiro recebe. Principalmente num momento em que, muitas vezes, o denuncismo pelo denuncismo tem prevalência sobre a notícia e a informação, mantenha a seriedade, porque o Brasil só ganha com isso."
O discurso de Lula contrasta com o modo com que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), encerrara o seu, minutos antes: "Uma boa imprensa é a sociedade conversando consigo mesma. Ao elogiar Carta, Lula criticou a classe política. Disse que, "toda vez que uma pessoa se destaca em alguma atividade, forma-se um pacto de mediocridade" para impedir seu sucesso.


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